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Economia

- Publicada em 21 de Setembro de 2020 às 13:15

Bolsas da Europa têm pior pregão em mais de 3 meses com escândalo e Covid-19

Índice pan-europeu Stoxx 600 encerrou em queda de 3,24%, a 356,82 pontos

Índice pan-europeu Stoxx 600 encerrou em queda de 3,24%, a 356,82 pontos


MIGUEL MEDINA/AFP/JC
Agência Estado
As bolsas da Europa fecharam com robustas perdas nesta segunda (21) em um dia marcado pela fuga de ativos de risco, na esteira da revelação de um escândalo financeiro envolvendo grandes bancos. Temores de que a segunda onda de coronavírus no continente possa levar à imposição de novas restrições de movimento também causaram desconforto nas mesas de operações.
As bolsas da Europa fecharam com robustas perdas nesta segunda (21) em um dia marcado pela fuga de ativos de risco, na esteira da revelação de um escândalo financeiro envolvendo grandes bancos. Temores de que a segunda onda de coronavírus no continente possa levar à imposição de novas restrições de movimento também causaram desconforto nas mesas de operações.
Nesse ambiente, o índice pan-europeu Stoxx 600 encerrou em queda de 3,24%, a 356,82 pontos, com o recuo mais acentuado desde 11 de junho.
As denúncias contra as instituições financeiras foram reveladas em reportagem do BuzzFeed News, em parceria com Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ, pela sigla em inglês). A matéria apresenta documentos que apontam para a realização de mais de US$ 2 trilhões em transações suspeitas entre 1999 e 2017. Estariam envolvidos na suposta fraude pelo menos cinco bancos: JPMorgan, HSBC, Standard Chartered Bank, Deutsche Bank e Bank of New York Mellon.
Para o presidente do Instituto Internacional de Finanças (IIF), Tim Adams, as alegações enfatizam a importância de reformas que contribuam para o combate à corrupção. "Os impactos do crime financeiro são sentidos além do setor financeiro - ele representa graves ameaças para a sociedade como um todo", destacou.
Em meio às repercussões do caso, o subíndice do setor financeiro do Stoxx 600 cedeu 1,34%, a 78,79 pontos. Na Bolsa de Londres, a ação do HSBC despencou 5,20%, e do Standard Chartered Bank perdeu 5,82%. O desempenho dos dois papéis pressionou o índice FTSE 100, referência no mercado britânico, que recuou 3,38%, a 5.804,29 pontos.
No Reino Unido, os negócios ficaram prejudicados também por conta do avanço do coronavírus, que levou o primeiro ministro Boris Johnson a mencionar a possibilidade de novas restrições de movimentos. Na França, entre sábado e domingo, foram registrados mais de 13 mil diagnósticos da doença, no maior avanço diário desde maio.
Por todo o continente, as áreas tiveram uma sessão de fortes quedas, em meio às preocupações a respeito da imposição de medidas de distanciamento social. No mercado inglês, IAG, que controla British Airways e Iberia, desabou 12,08%. Em Paris, Air France-KLM se desvalorizou 7,63%, enquanto o índice CAC 40 baixou 3,74%, a 4.792,04 pontos.
A bolsa de Frankfurt liderou as perdas entre as praças europeias, com o índice DAX em baixa de 4,37%, a 12.542,44 pontos. A ação do Deutsche Bank, citado na reportagem do BuzzFeed, registrou perda de 8,76%.
Na Península Ibérica, o Ibex 35, de Madri, caiu 3,43%, a 6.692,30 pontos. O PSI 20, de Lisboa, recuou 2,22%, a 4.158,14 pontos
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