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Economia

- Publicada em 20 de Setembro de 2020 às 17:48

PIB gaúcho deve recuperar parte da queda histórica no terceiro trimestre

O setor de restaurantes é um dos mais afetados na crise sanitária e ainda busca recompor operação

O setor de restaurantes é um dos mais afetados na crise sanitária e ainda busca recompor operação


LUIZA PRADO/JC
Patrícia Comunello
A queda histórica do Produto Interno Bruto (PIB) gaúcho no segundo trimestre deste ano deve ser o fundo do poço, analisa o pesquisador e economia Martinho Lazzari, do Departamento de Economia e Estatística (DEE). É esperada uma recuperação de parte do que foi perdido no ciclo recente, projeta Lazzari, no terceiro e quarto trimestres de 2020. Mas não são afastados eventuais riscos da pandemia, uma das culpadas, ao lado da estiagem, pela corrosão da atividade. 
A queda histórica do Produto Interno Bruto (PIB) gaúcho no segundo trimestre deste ano deve ser o fundo do poço, analisa o pesquisador e economia Martinho Lazzari, do Departamento de Economia e Estatística (DEE). É esperada uma recuperação de parte do que foi perdido no ciclo recente, projeta Lazzari, no terceiro e quarto trimestres de 2020. Mas não são afastados eventuais riscos da pandemia, uma das culpadas, ao lado da estiagem, pela corrosão da atividade. 
Hoje o Rio Grande do Sul registra uma estabilização de casos, o que vem permitindo a reabertura de setores, como comércio e serviços, além da preparação para reativar eventos e a atividade presencial na educação. 
"O segundo trimestre provavelmente é o fundo do poço. O terceiro trimestre vai ter recuperação, mas não será de toda a perda", acautelou-se Lazzari. 
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Tanto no confronto com o trimestre anterior como frente ao mesmo período de 2019, o mergulho é forte. Ante janeiro a março passados, o tombo foi de 13,7%. Sobre o segundo trimestre do ano passado, o nocaute chegou a 17,1%.
A retração mais significativa foi da Agropecuária, com queda 20,2%, seguida na Indústria (-15,9%) e do setor de Serviços (-9,1). No primeiro trimestre, a economia gaúcha havia recuado 3,3%. O produto brasileiro caiu 9,7%, na comparação com o primeiro trimestre, e 11,4%, frente ao segundo período do ano passado.
O pesquisador do DEE, que sucedeu a extinta Fundação de Economia e Estatística (FEE), lembra que a indústria pode levar mais tempo para reverter a situação, pois o nível de queda e perfil da crise geram maior desestruturação do setor. Diferentemente da agricultura, que consegue dar a volta por cima mais rapidamente, cita o secretário de Planejamento, Governança e Gestão, Cláudio Gastal. 
O comportamento do terceiro trimestre, com menos impactos do setor primário e consumo retomando, vai construir a recomposição limitada. Lazzari lembra que as medidas como auxílio emergencial e crédito para empresas contribuíram positivamente para amenizar o maior efeito da retração. 
Mas a equipe da DEE previne que não é possível afastar complemente novos efeitos da pandemia, pois se trata de uma doença desconhecida e "não se sabe como vai se comportar", observa o economista. Também é preciso considerar segmentos como de alimentação fora de casa, hospedagem e turismo que são uma incógnita ainda sobre como vai ser o ritmo de recuperação.  
Com efeito negativo já colhido de mais uma estiagem, Gastal diz que é preciso atuar na causa do problema, mesmo que parte não seja controlável devido a fatores como mudanças climáticas e uma "certa pouca atenção na política ambiental nacional". No Rio Grande do Sul, a relevância é ainda maior que no Brasil. O setor é responsável por 9% do valor adicionado do PIB, enquanto responde por 5%. 
"Precisamos estar preparados com medidas que permitam estocar água e fazer irrigação e na área de energia", elencou o titular da pasta. Gastal citou que estão sendo articuladas medidas com a Secretaria de Meio Ambiente a Infraestrutura e demais áreas, como a da Agricultura e da Gestão. Um dos focos é aumentar o investimento para prover rede trifásica de energia para a operação de sistemas de irrigação nas propriedades.   
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