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Economia

- Publicada em 17 de Setembro de 2020 às 03:00

Guedes aguarda pedido de demissão de Waldery Rodrigues

Para minimizar o desgaste público da equipe econômica com o presidente Jair Bolsonaro, o ministro Paulo Guedes (Economia) afirmou a interlocutores que aguarda um pedido de demissão do secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues.
Para minimizar o desgaste público da equipe econômica com o presidente Jair Bolsonaro, o ministro Paulo Guedes (Economia) afirmou a interlocutores que aguarda um pedido de demissão do secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues.
Pessoas próximas ao ministro afirmam que ele costuma ser leal aos subordinados e, por isso, espera que a iniciativa parta de Waldery. Caso isso não aconteça, Guedes afirma estar dividido sobre a decisão que deveria tomar, embora acredite que a saída de seu subordinado seria "o melhor para o Brasil".
No último fim de semana, Waldery afirmou que o plano do governo para custear o Renda Brasil previa o congelamento de aposentadorias. Em entrevista, ele disse que a regra valeria para todos os patamares de benefícios previdenciários.
Bolsonaro se irritou com a repercussão e cancelou o programa social que substituiria do Bolsa Família. "Quem por ventura vier propor a mim uma medida como essa eu só posso dar um cartão vermelho para essa pessoa", disse o presidente em vídeo publicado em redes sociais na terça-feira (15).
Após a crítica de Bolsonaro, Guedes foi ao Palácio do Planalto e levou o secretário para dar satisfações ao presidente. De acordo com pessoas que acompanharam a conversa, Bolsonaro estava visivelmente nervoso, reclamou muito da entrevista, mas não foi agressivo. Em um dos momentos, disse que a equipe de Guedes não entende de política e não deveria conceder entrevistas.
O ministro da Economia afirmou que tem muito respeito por Waldery, mas ponderou que uma série de atritos envolvendo seu subordinado vem dificultando os trabalhos.
Ministros avaliam que a demissão seria a melhor saída para reduzir os ruídos no governo. Apesar das críticas, Bolsonaro não teria exigido o desligamento. No Ministério da Economia, no entanto, crescem os relatos de insatisfação com Waldery. O secretário de Fazenda já teve atritos internos com o então secretário do Tesouro, Mansueto Almeida, e outros componentes da pasta. Membros do time de Guedes acreditam que a fonte da maior parte das brigas vem do fato de Waldery ser "o homem do dinheiro", por ter o Tesouro sob seu comando, e adotar postura restritiva.
Em conversas com auxiliares, Guedes afirmou que o episódio é diferente do ocorrido com o ex-secretário da Receita, Marcos Cintra. Ele foi demitido após repercussão negativa da proposta de criar um imposto sobre transações aos moldes da CPMF.
Fontes do ministério afirmam que a saída de Cintra, há um ano, foi previamente combinada. O secretário havia pedido autorização do ministro para defender em público o novo tributo. Apesar de achar que o momento não seria o ideal, Guedes deu o aval, mas deixou claro que Cintra arcaria com eventuais consequências, o que ocorreu.
 
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