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Segundo a presidente da Federasul, Simone Leite, 37 deputados estaduais já declararam que votam contra o projeto da forma que ele foi encaminhado à Assembleia. Como o projeto precisa de maioria simples para ser aprovado - ou seja, 28 votos favoráveis do total de 55 - a tendência hoje é a não aprovação. Ela diz que o governo está conversando com todas as federações, e que cada entidade está fazendo seu lobby de acordo com os interesses setoriais, como a Farsul combatendo a oneração de insumos agropecuários, e a Fecomércio se manifestando contrária às mudanças no Simples e na cesta básica. "A Federasul, como é transversal e representa todos os setores está buscando o coletivo, um diálogo maior para que não oneremos nem um nem outro, especialmente que não onere o trabalhador e a sociedade nesse momento de crise econômica para as famílias e negócios", afirmou.
A Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul (FCDL-RS) adotou tom mais duro para demonstrar a oposição ao projeto, e pede aos deputados estaduais que votem contra o projeto. Para o presidente da entidade, Vitor Koch, o caminho para o equilíbrio financeiro não está na reforma, e a única alternativa deve ser reduzir a máquina pública e privatizar empresas estatais. "A economia gaúcha já sofreu um inédito baque em 2020 por ser obrigada, de maneira equivocada a nosso ver, a ter a maior parte dos ramos de atividades impedidos de funcionar, por supostamente combater a pandemia da Covid-19. Isto gerou a falência de centenas de empresas e deixou milhares de gaúchos desempregados", afirmou Koch em comunicado. Na sua visão, a reforma tributária pode levar a um empobrecimento maior do Estado.
Já o presidente da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) e prefeito de Taquari, Maneco Hassen, afirmou que não há como a entidade se posicionar a favor caso seja mantida a taxação de produtos agrícolas e as perdas que os municípios podem ter caso a reforma seja aprovada como está. A entidade produziu uma contraproposta sugerindo, entre outros pontos, o aumento do ICMS sobre artigos de luxo e refrigerantes em troca da redução para insumos agrícolas e produtos da cesta básica e a manutenção da faixa de alíquota de 12% para combustíveis como gás de cozinha, diesel e gás veicular. "Vamos ajudar o governo e a Assembleia Legislativa a construir as melhorias necessárias para que a reforma possa ser aprovada e melhorar a vida do povo gaúcho", disse Hassen. A Famurs vai apresentar o projeto ao governo estadual e também aos deputados.