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Economia

- Publicada em 03 de Setembro de 2020 às 09:45

Produção industrial sobe 8,0% em julho ante junho e cai 3,0% ante julho 2019

Em relação a julho de 2019, a produção caiu 3,0%

Em relação a julho de 2019, a produção caiu 3,0%


MICHAL JARMOLUK/DIVULGAÇÃO/CIDADES
A produção industrial brasileira emendou o terceiro mês seguido de alta após o tombo recorde de abril, mas ainda não conseguiu eliminar todas as perdas do pior período da crise. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o crescimento em julho foi de 8%. Nos três meses de alta, o setor acumula alta de 28,8%. Ainda assim, está 6% abaixo do nível de fevereiro, último mês sem nenhuma semana em isolamento social. Com os tombos de 9,1% em março e 18,8% em abril, a produção industrial brasileira atingiu o pior patamar da história no pico da pandemia. "O setor mostra recuperação, mas ainda existe um espaço importante a ser recuperado", disse o gerente da pesquisa, André Macedo, lembrando que o avanço se dá sobre uma baixa base de comparação.
A produção industrial brasileira emendou o terceiro mês seguido de alta após o tombo recorde de abril, mas ainda não conseguiu eliminar todas as perdas do pior período da crise. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o crescimento em julho foi de 8%. Nos três meses de alta, o setor acumula alta de 28,8%. Ainda assim, está 6% abaixo do nível de fevereiro, último mês sem nenhuma semana em isolamento social. Com os tombos de 9,1% em março e 18,8% em abril, a produção industrial brasileira atingiu o pior patamar da história no pico da pandemia. "O setor mostra recuperação, mas ainda existe um espaço importante a ser recuperado", disse o gerente da pesquisa, André Macedo, lembrando que o avanço se dá sobre uma baixa base de comparação.
"A gente precisa aguardar os meses seguintes para saber se essa trajetória de crescimento vai prosseguir." Pela primeira vez, houve avanço em 25 dos 26 setores pesquisados pelo instituto, com destaque para a produção de automóveis, que teve alta de 43,9% e acumula expansão de 761,3% nos últimos três meses. Ainda assim, se encontra 32,9% abaixo do patamar de fevereiro último. "A indústria automotiva puxa diversos setores em conjunto, sendo o ponto principal de outras cadeias produtivas" , afirmou Macedo.
Bastante prejudicada pela crise, a indústria de confecção de artigos do vestuário e acessórios teve alta de 29,7%. Também mostraram crescimento significativo segmentos como metalurgia (18,7%), de máquinas e equipamentos (14,2%), de produtos de metal (12,4%) e as indústrias extrativas (6,7%). Macedo ponderou que a única atividade que registrou queda, a de impressão e reprodução, é uma atividade que se caracteriza por um comportamento volátil. " Caiu em julho, mas havia avançado 77,1% em junho", comentou.
Houve crescimento em todas as categorias econômicas pesquisadas, com destaque para bens de consumo duráveis, que haviam sofrido mais no início da crise, e em julho cresceram 42%. Foi o terceiro mês seguido de expansão na produção, com alta acumulada de 443,8%, mas o segmento ainda se encontra 15,2% abaixo do patamar de fevereiro.
Os setores produtores de bens de capital (15,0%) e de bens intermediários (8,4%) cresceram acima da média geral da indústria. Já o de bens de consumo semi e não duráveis (4,7%) registrou o crescimento menos intenso. Na comparação com julho de 2019, a produção industrial teve redução de 3%, nono resultado negativo seguido nesse tipo de comparação. No ano, o recuo acumulado é de 9,6%. No acumulado dos últimos 12 meses, a queda é de 5,7%, a mais elevada desde dezembro de 2016 (-6,4%).
Com a paralisação quase total da produção de automóveis, a indústria foi o setor da economia com maior queda no PIB (Produto Interno Bruto) do segundo trimestre, quando recuou 12,7%, mesmo com os sinais de retomada em maio e junho, após o relaxamento de medidas de isolamento social pelo país. Foi o maior recuo registrado pelo setor desde que o IBGE começou a calcular o PIB no formato atual, em 1996. No trimestre o PIB brasileiro caiu 9,7%, também um tombo inédito na história da pesquisa.
Para economistas, o ritmo da recuperação vai depender da recuperação do mercado de trabalho, que ainda não deu sinais de reação à crise provocada pela pandemia. Principalmente após a redução para R$ 300,00 no valor do auxílio emergencial pago pelo governo, que foi um dos motores da retomada até o momento.
Folhapress
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