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Economia

- Publicada em 29 de Agosto de 2020 às 14:55

Bolsa de valores mudará índice de sustentabilidade

Oportunidades da bolsa, nos níveis em que se encontram os preços, estão no radar

Oportunidades da bolsa, nos níveis em que se encontram os preços, estão no radar


ROBERTO CASIMIRO/FOTOARENA/FOLHAPRESS/JC
Em meio ao crescente interesse de investidores por companhias que adotem boas práticas ambientais, sociais e de governança (ESG, na sigla em inglês), a bolsa de valores (B3) trabalha na revisão da metodologia do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE), que completa 15 anos. A ideia é que, já em 2021, o questionário encaminhado às empresas durante o processo de seleção do indicador passe a ter um foco setorial.
Em meio ao crescente interesse de investidores por companhias que adotem boas práticas ambientais, sociais e de governança (ESG, na sigla em inglês), a bolsa de valores (B3) trabalha na revisão da metodologia do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE), que completa 15 anos. A ideia é que, já em 2021, o questionário encaminhado às empresas durante o processo de seleção do indicador passe a ter um foco setorial.
O questionário aplicado hoje faz uma fotografia das práticas de gestão da companhia em sete dimensões: ambiental, econômico-financeira, geral, governança corporativa, social, mudança do clima e natureza do produto. A reforma terá como referência o modelo usado pela suíça SAMCorporate Sustainability Assessment. Com a mudança, a bolsa pretende aumentar a atratividade do índice para investidores e companhias, fortalecer o portfólio de produtos e abrir novas frentes de negócios ESG da B3.
A carteira atual do ISE, em vigor até 1.º de janeiro de 2021, reúne 36 ações de 30 companhias, com valor de mercado de R$ 1,64 trilhão e 15 setores representados. São convidadas apenas empresas detentoras das 200 ações com maior liquidez na bolsa. Em apresentação do projeto a analistas no mês passado, Gleici Donini, superintendente de sustentabilidade da B3, disse que a Bolsa poderia avançar no processo de revisão do índice para que ele possa ficar alinhado à demanda dos investidores e a uma linguagem de mercado.
Transparência
Do ponto de vista do investidor, a meta é dar transparência à metodologia e apresentar métricas. Na apresentação, Aron Belinky, da ABC Associados, que dá apoio técnico à B3, disse que a reforma inclui produzir informações mais precisas sobre a carteira do ISE e as empresas que a compõem.
Neste contexto, dados que hoje ficam restritos à B3, ao Conselho Deliberativo do ISE e às empresas da carteira passarão a ser compartilhados com o mercado. É o caso do mapa de riscos ESG, indicadores setoriais e do desempenho das empresas. Já do lado das empresas, a intenção é ter um questionário simplificado, capturar informação pública e dar um retorno mais complexo e focalizado das práticas em determinados setores. "Hoje o mesmo rol de perguntas é usado para empresas de diferentes setores", disse Gleici, na apresentação a analistas.
Vale excluída do ISE
No ano passado, as ações da Vale foram excluídas do ISE por causa do rompimento da barragem de Brumadinho. Já a Braskem, que possui passivos ambientais em Alagoas e é uma das patrocinadoras do índice, faz parte do ISE desde sua criação. Além da petroquímica, empresas como BR Distribuidora, Copel, Klabin, MRV e os bancos Santander, Itaú e Bradesco financiam a renovação do indicador.
Na apresentação de 22 de julho, Gleici falou também sobre a reformulação do Índice de Carbono Eficiente (ICO2), que passa a ser composto por ações das companhias participantes do IBrX-100 com inventário de gases do efeito estufa, em lugar do IBrX-50ISE.
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