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Economia

- Publicada em 30 de Agosto de 2020 às 20:35

Pop Center reabre com readequações e otimismo

Canais digitais ajudaram a contornar dificuldades, diz vendedora Amanda

Canais digitais ajudaram a contornar dificuldades, diz vendedora Amanda


/JOYCE ROCHA/JC
Carlos Villela
Reaberto com restrições, o Pop Center enfrenta um período desafiador durante a pandemia, mas seus lojistas estão se adaptando e descobrindo novos caminhos para esse momento de retorno. De acordo com a administradora do Pop Center, Elaine Deboni, antes da pandemia eram 745 lojas empregando 4 mil pessoas. Na primeira reabertura, 40 lojistas não retornaram e, agora, esse número está em 100 lojas. Ela conta que o impacto da pandemia foi mais forte em quem não estava totalmente estabelecido ou não tinha a qualificação de vendas e capacidade de adaptação dos lojistas que vieram das calçadas. "A pandemia mostrou que quem não está firme vai desaparecer, mas ela foi a causa, o problema já existia. Tinha muita gente que estava pagando para trabalhar, e isso parou", afirma. "Vamos voltar novos."
Reaberto com restrições, o Pop Center enfrenta um período desafiador durante a pandemia, mas seus lojistas estão se adaptando e descobrindo novos caminhos para esse momento de retorno. De acordo com a administradora do Pop Center, Elaine Deboni, antes da pandemia eram 745 lojas empregando 4 mil pessoas. Na primeira reabertura, 40 lojistas não retornaram e, agora, esse número está em 100 lojas. Ela conta que o impacto da pandemia foi mais forte em quem não estava totalmente estabelecido ou não tinha a qualificação de vendas e capacidade de adaptação dos lojistas que vieram das calçadas. "A pandemia mostrou que quem não está firme vai desaparecer, mas ela foi a causa, o problema já existia. Tinha muita gente que estava pagando para trabalhar, e isso parou", afirma. "Vamos voltar novos."
Os lojistas Ilzo Leal e Daiane Santos, da DS Atacado, conseguiram segurar demissões, adiantando férias aos funcionários e encaminhando o auxílio do governo federal para os casos de perda de renda. Começaram a trabalhar no Pop Center em um espaço de 3m², logo depois passaram para um de 10m² e, na sequência, de 40m². Agora, no retorno das atividades, a loja está com 80m². Os proprietários acreditam que as vendas vão voltar, puxadas, por exemplo, por pessoas que tenham perdido renda nos últimos meses e agora optem por roupas com custo menor. "A gente aposta que quando tudo voltar ao normal, tanto nos dias de abertura quanto horários, vai ter uma procura grande", afirma Leal. A especialidade da loja é abastecimento de lojistas, principalmente para o interior. Segundo Daiane, o fato de atuar no atacado fez com que o negócio conseguisse contornar as dificuldades impostas pelo isolamento social.
A vendedora Amanda Kettlen, da loja Glamourosa Chic, diz que o fortalecimento das vendas em canais digitais fez com que o impacto nas vendas fosse reduzido. Antes da pandemia, a loja já trabalhava com tele-entrega, mas a atuação nas redes sociais - Instagram, WhatsApp e Facebook - permitiu fidelizar clientes e, também, aprimorar o atendimento pós-venda. "A gente sempre deixa os clientes a par de tudo, se vai fechar ou abrir, para elas ficarem confortáveis", diz Amanda. "Recebemos elogios dizendo que nosso atendimento é impecáve." O empresário Fábio Machado, da loja de roupas femininas Fada Fit, comemora que o retorno trouxe um resultado quase igual ao período pré pandemia, mas com mais acúmulo de trabalho pois estão com pessoal reduzido. Ele conta que foi necessário uma reinvenção durante os primeiros meses, especialmente em redes sociais. A estratégia adotada foi postar fotos dos produtos que estavam sendo enviados para clientes, ação que aumentou o engajamento e, por consequência, as vendas. "Só não fomos por água abaixo porque tudo que entra em dinheiro investimos em tecido. Tecido para nós é dinheiro, e tínhamos muito estoque", explica. Na visão de Machado, o comércio está tomando todas as medidas necessárias de saúde e mesmo assim carrega injustamente a culpa pelo aumento de casos de coronavírus na cidade. 
A administradora do Pop Center afirma que houve uma omissão do poder público em consultar as necessidades do espaço, que são diferentes de outros empreendimentos comerciais. "Aqui não somos ouvidos e nem respeitados. Não é uma grande loja, mas são 800 pequenas empresas", reforça. Embora feliz com o retorno dos trabalhos presenciais, Elaine lamenta que as datas de funcionamento autorizado não refletem a realidade dos lojistas e dos consumidores. Segundo ela, o ideal seria permitir o funcionamento aos sábados e fechamento em um outro dia da semana. A ideia é possibilitar que pessoas de baixa renda possam fazer suas compras e lojistas do interior possam também fazer as aquisições dos atacadistas. "Muitos só têm os sábados para comprar, e eu tenho que atender esse público", diz Elaine. "Ninguém vem aqui para passear, nossa atração não é cinema." 
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