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Economia

- Publicada em 28 de Agosto de 2020 às 11:14

Alta em NY ecoa na B3, mas espera por novidade fiscal pode limitar

Bolsa de São Paulo permanece valorizada, acima dos 100 mil pontos

Bolsa de São Paulo permanece valorizada, acima dos 100 mil pontos


ROBERTO CASIMIRO/FOTOARENA/FOLHAPRESS/JC
Agência Estado
A decisão do Federal Reserve de ser benevolente com a possibilidade de uma inflação mais elevada ainda repercute nos mercados internacionais, sobretudo nos índices futuros em Nova Iorque. O Fed vai passar a utilizar uma nova política baseada numa taxa de inflação média de 2%, em mais um esforço para ajudar a economia dos EUA a se recuperar do choque do novo coronavírus.
A decisão do Federal Reserve de ser benevolente com a possibilidade de uma inflação mais elevada ainda repercute nos mercados internacionais, sobretudo nos índices futuros em Nova Iorque. O Fed vai passar a utilizar uma nova política baseada numa taxa de inflação média de 2%, em mais um esforço para ajudar a economia dos EUA a se recuperar do choque do novo coronavírus.
A mudança sinaliza que as taxas de juros americanas deverão continuar próximas de zero por um longo período de tempo. Às 11h17min, o Ibovespa subia 0,61%, aos 101.071 pontos. A ideia é "uma política expansionista a perder de vista. Neste cenário de juro real negativo, dúvida que fica é se isso terá efeito real na economia, ou servirá mesmo para inflar mais os ativos financeiros", questiona Roberto Attuch Jr., CEO da Omninvest.
Essa reação positiva nos EUA que também atinja o Ibovespa ajuda o índice a abrandar a perda na semana, que é de 0,29%. Ontem, fechou no zero a zero, aos 100.623,64 pontos, em dia de instabilidade. No entanto, a cautela fiscal também norteia os negócios.
"A Bolsa parece estar em uma dinâmica muito particular. É preciso cuidado com o lado fiscal, tem de acompanhar a discussão em torno do auxílio emergencial, sobre o teto de gastos...", completa Attuch Jr.
Hoje, é esperada a apresentação de um novo plano do Renda Brasil pela equipe econômica ao presidente Jair Bolsonaro. O ministro da Economia, Paulo Guedes, deve levar a Bolsonaro uma proposta em torno de R$ 300 para o abono salarial, como queria o presidente. Lideranças do Congresso acreditam que, embora Guedes colocará na mesa as alternativas para o Renda Brasil, o encontro vai se centrar mais na discussão do auxílio emergencial.
"Aparentemente existe um acordo no governo de que o auxílio emergencial será estendido por mais dois meses, mas com um valor menor: R$ 300,00. Quanto ao Renda Brasil, segue indefinido até o momento, enquanto a equipe econômica discute alternativas para sua implementação", observa em nota a MCM Consultores.
Isso pode fazer com que a equipe econômica ganhe tempo e amadureça as ideias sobre o Renda Brasil, que substituirá o Bolsa Família. O assunto tem incomodado os mercados, especialmente após o presidente Bolsonaro ter adiado o lançamento do programa esta semana por divergência com a equipe econômica, culminando em especulações sobre a permanência de Guedes no cargo e renovados temores em relação às contas públicas do país.
Ainda nesta seara o investidor avalia a decisão do Conselho Monetário Nacional (CMN), que autorizou a transferência de R$ 325 bilhões das reservas de resultado cambial do Banco Central para o Tesouro. Os recursos serão usados para o pagamento da dívida pública. Apesar de bem recebida por alguns, outros chamam a atenção para um certo "jeitinho" no governo para driblar as contas. O subsecretário da Dívida Pública, José Franco, negou que a transferência dos lucros cambiais do BC seja uma "pedalada fiscal".
Apesar da queda do petróleo no mercado internacional, as ações da Petrobras sobem ente 0,45% (PN) e 0,62% (ON). A empresa assinou ontem acordo para venda de 27 concessões terrestres de exploração e produção no Espírito Santo, chamado de Polo Cricaré. Os papéis da Vale ON também avançam (0,56%), repercutindo a valorização de 1,76% do minério de ferro negociado no porto chinês de Qingdao, na China, no fechamento hoje.
Em tempo: Eletrobras alterou o cronograma dos desligamentos sem justa causa de empregados da empresa, postergando-os para 2 de janeiro de 2021. Os papéis sobem perto de 1,00%.
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