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JC Logística

- Publicada em 19 de Agosto de 2020 às 09:37

Greve nacional dos Correios teve 70% de adesão, afirmam federações

Em Porto Alegre, houve passeata no Centro Histórico no primeiro dia de greve

Em Porto Alegre, houve passeata no Centro Histórico no primeiro dia de greve


LUIZA PRADO/JC
Agência Estado
Federações de funcionários dos Correios estimaram que 70% do contingente operacional (entre carteiros, carregadores e motoristas) e administrativo da estatal cruzaram os braços na terça-feira (18) no primeiro dia de uma greve nacional, o que equivaleria a 74 mil trabalhadores em todo o País. As agências continuaram abertas, mas sendo operadas por um contingente de 30% dos empregados - como determina a lei nesses casos. O número de adesão é contestado pelos Correios, segundo o qual 83% do efetivo total não teria interrompido seu trabalho.
Federações de funcionários dos Correios estimaram que 70% do contingente operacional (entre carteiros, carregadores e motoristas) e administrativo da estatal cruzaram os braços na terça-feira (18) no primeiro dia de uma greve nacional, o que equivaleria a 74 mil trabalhadores em todo o País. As agências continuaram abertas, mas sendo operadas por um contingente de 30% dos empregados - como determina a lei nesses casos. O número de adesão é contestado pelos Correios, segundo o qual 83% do efetivo total não teria interrompido seu trabalho.
"A empresa já colocou em prática seu plano de continuidade de negócios para minimizar os impactos à população. Medidas como o deslocamento de empregados administrativos para auxiliar na operação, remanejamento de veículos e a realização de mutirões estão sendo adotadas", disse em nota a companhia. O movimento não afeta o funcionamento das agências franqueadas, já que seus funcionários seguem outro regime de trabalho. Os funcionários acusam os Correios de descumprir o acordo coletivo que teria vigência até 2021. Entre os benefícios revogados estão pagamento de 30% de adicional de risco, vale-alimentação, licença-maternidade de 180 dias, auxílio-creche, indenização por morte e auxílio para filhos com necessidades especiais.
Também afirmam que tiveram de acionar a Justiça para garantir equipamentos de proteção individual, para evitar a contaminação pelo novo coronavírus, além de álcool em gel, testagem e afastamento de integrantes de grupos de risco e dos que coabitam com crianças em idade escolar. "A categoria está trabalhando desde o início da pandemia. A empresa só forneceu uma máscara para cada trabalhador. O trabalhador está tirando dinheiro do bolso para pagar seu EPI (equipamento de proteção individual)", disse o diretor de comunicação da Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios (Findect), Douglas Melo. "Nós seguramos essa greve até onde era possível, mas não tinha mais condições."
Os Correios dizem que o objetivo das negociações é se proteger da crise financeira ocasionada pela pandemia. "A diminuição de despesas prevista com as medidas de contenção em pauta é da ordem de R$ 600 milhões anuais."
Rio Grande do Sul
Trabalhadores dos Correios no Rio Grande do Sul também aderiram à greve nacional, iniciada na segunda-feira (17). Cerca de 130 pessoas realizaram uma passeata pelo Centro Histórico de Porto Alegre, afirma o secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores de Correios do RS (Sintect-RS), Alexandre Nunes.
Segundo Nunes, a adesão no Estado é de 80%. Ele frise que há locais totalmente fechados e outros operando com redução de 70% do pessoal, contudo, a superintendência dos Correios garante que todas as agências estão funcionando na Capital e no interior do RS. Unidades de Candelária e Guaporé reabriram ontem à tarde e agências de Getúlio Vargas e Chuí têm previsão de reabrir nesta quarta-feira (19).
Consumidor
Empresas que dependem dos Correios para entregas de mercadorias adaptaram seus sistemas para manter as entregas em dia e acreditam que a greve não terá grandes impactos para os negócios. O Mercado Livre, por exemplo, orienta os compradores a optarem por ofertas sinalizadas como "Entregando Normalmente". A companhia disse que trabalha com mais de 70 parceiros logísticos no Brasil, o que permitiria continuar operando e realizando entregas dentro dos prazos em situações adversas. "A greve afetará somente os produtos que têm entregas feitas via Correios, com possíveis alterações de prazos, que estão sendo informadas aos vendedores e compradores."
Segundo o Procon, o consumidor que contratar serviços dos Correios, como a entrega de encomendas e documentos, tem direito a ressarcimento ou abatimento do valor pago, caso o serviço não seja realizado. No caso de produtos adquiridos de empresas que fazem a entrega pelos Correios, essas empresas são responsáveis por encontrar outra forma para que os produtos sejam entregues ao consumidor no prazo contratado.
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