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Economia

- Publicada em 13 de Agosto de 2020 às 18:09

Com situação fiscal no radar, Bolsa de São Paulo fecha em baixa de 1,62%

Nesta quinta-feira, o Ibovespa fechou em baixa de 1,62%, aos 100.460,60 pontos

Nesta quinta-feira, o Ibovespa fechou em baixa de 1,62%, aos 100.460,60 pontos


ROBERTO CASIMIRO/FOTOARENA/FOLHAPRESS/JC
Agência Estado
Espremido entre a falta de avanço concreto nas discussões entre republicanos e democratas sobre novos estímulos nos EUA e a persistência de dúvidas sobre a situação fiscal brasileira, o Ibovespa se inclinou a uma correção nesta quinta-feira (13), cada vez mais distante de voltar a testar o pico recente, de 105,7 mil, de 29 de julho, e mais próximo a perder a marca psicológica dos seis dígitos, tendo se mantido acima dos 100 mil pontos sem interrupções desde 15 de julho, há quase um mês. Em 4 de agosto, o índice tocou 100.004,50 pontos na mínima daquela sessão, e hoje foi aos 100.187,06, saindo de máxima a 103.236,93, com abertura a 102.118,28 pontos. O giro financeiro totalizou R$ 32,8 bilhões e, na semana, o índice acumula queda de 2,25%, chegando a 2,38% no mês - no ano, acentua as perdas a 13,13%.
Espremido entre a falta de avanço concreto nas discussões entre republicanos e democratas sobre novos estímulos nos EUA e a persistência de dúvidas sobre a situação fiscal brasileira, o Ibovespa se inclinou a uma correção nesta quinta-feira (13), cada vez mais distante de voltar a testar o pico recente, de 105,7 mil, de 29 de julho, e mais próximo a perder a marca psicológica dos seis dígitos, tendo se mantido acima dos 100 mil pontos sem interrupções desde 15 de julho, há quase um mês. Em 4 de agosto, o índice tocou 100.004,50 pontos na mínima daquela sessão, e hoje foi aos 100.187,06, saindo de máxima a 103.236,93, com abertura a 102.118,28 pontos. O giro financeiro totalizou R$ 32,8 bilhões e, na semana, o índice acumula queda de 2,25%, chegando a 2,38% no mês - no ano, acentua as perdas a 13,13%.
Nesta quinta-feira, o Ibovespa fechou em baixa de 1,62%, aos 100.460,60 pontos, em terreno negativo pela terceira sessão, e invertendo o comportamento do dia anterior, quando limitou perdas a ponto de quase neutralizá-las no fechamento, ante a expectativa de que o ministro Paulo Guedes (Economia) receberia, na noite de ontem, aceno firme do presidente Jair Bolsonaro após as saídas dos secretários Salim Mattar (Desestatização) e Paulo Uebel (Desburocratização).
"O discurso de ontem do Bolsonaro foi para baixar a poeira. A pressão para ampliar gastos públicos no ano que vem será enorme, já pensando na reeleição. As baixas na equipe econômica nos últimos dias põem em destaque que pouco se fez além da reforma da Previdência. Nada andou, e o mercado deixa de olhar a retórica liberal para conferir o que tem sido feito na prática, em momento em que o fluxo doméstico, que tem sustentado a Bolsa desde o ano passado, mostra cansaço", diz Luiz Roberto Monteiro, operador da mesa institucional da Renascença. "As privatizações não andaram, basta olhar a Eletrobrás, que era a bola da vez. A reforma administrativa também não avançou. O mercado comprou uma agenda liberal, que até agora não progrediu além da Previdência, que por sinal foi iniciada ainda no governo Temer."
"O discurso único dos poderes em defesa do teto de gastos na noite de ontem foi importante, mas o mercado voltou a colocar (a necessidade de) novas medidas para amenizar a situação fiscal, em vista das últimas sinalizações do governo", diz Rafael Ribeiro, analista da Clear Corretora. "Enquanto não houver uma medida prática, como um avanço real da agenda de reformas, o lado negativo seguirá pesando", acrescenta.
Para Monteiro, da Renascença, a considerar os mais recentes balanços trimestrais, poucos setores têm conseguido se destacar, como o de carnes e o de varejo eletrônico, de forma que, na falta de uma recuperação mais consolidada dos dados macroeconômicos e de avanço nas propostas de reforma estrutural, a tendência é de que se opte por rotação de carteiras, "realizando lucros em ações que andaram mais para selecionar outras, que subiram menos e representem oportunidade."
Mais cedo, o dia era de algum alívio na Bolsa, favorecida por balanços positivos como os de Via Varejo (+3,41% no fechamento, limitando alta que superava 8% no início da tarde) e Marfrig (+0,41%, também limitando ganhos), que contribuíam para colocar parte das ações dos respectivos segmentos em alta na sessão, como Magazine Luiza (+0,49% no fechamento, ante +4,11% no início da tarde) e JBS (ao fim -0,98%, após avanço acima de 1%). Tal dinâmica compensava, até meados da tarde, o desempenho majoritariamente negativo das ações de commodities, siderurgia, utilities e bancos.
Ao final, o lado negativo do índice acabou por se impor ao positivo, com Petrobras PN e ON em baixa, respectivamente, de 2,73% e de 2,95% no fechamento, e Vale ON, de 1,87%. Entre os bancos, destaque nesta quinta-feira para queda de 3,67% na Unit do Santander; entre as utilities, de 5,38% para Eletrobras PNB e de 6,94% para Eletrobras ON; e entre as siderúrgicas, de 1,38% para Gerdau PN.
Na ponta negativa do Ibovespa, BRF cedeu nesta quinta-feira 7,80%, em reação a balanço do dia anterior, mas também refletindo temores sobre o mercado de frango, após a China ter encontrado sinal de coronavírus em amostra de asas de frango importada do Brasil. Logo após BRF, vieram hoje BR Malls (-7,74%) e Eletrobras ON. No lado oposto, Via Varejo foi a campeã do dia, seguida por Klabin (+2,98%) e Hapvida (+2,12%).
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