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Economia

- Publicada em 05 de Agosto de 2020 às 03:00

Argentina fecha acordo da dívida com credores

Presidente Alberto Fernández resistia a aumentar o valor oferecido devido à recessão econômica

Presidente Alberto Fernández resistia a aumentar o valor oferecido devido à recessão econômica


ESTEBAN COLLAZO/AFP/JC
A Argentina saiu da "moratória técnica" na qual se encontrava, ao anunciar na madrugada desta terça-feira (4) que chegou a um acordo de renegociação de sua dívida em moeda estrangeira com os credores externos do País. O total da dívida é de US$ 68 bilhões e a Argentina já havia deixado de pagar o vencimento de duas parcelas de juros.
A Argentina saiu da "moratória técnica" na qual se encontrava, ao anunciar na madrugada desta terça-feira (4) que chegou a um acordo de renegociação de sua dívida em moeda estrangeira com os credores externos do País. O total da dívida é de US$ 68 bilhões e a Argentina já havia deixado de pagar o vencimento de duas parcelas de juros.
Pelo acordo, que envolve o Grupo Ad Hoc de Bonistas Argentinos, o Comitê de Credores da Argentina e o Grupo de Bonistas del Canje e outros detentores de dívida, o governo "ajustará algumas das datas de pagamento" dos novos bônus estabelecidas na oferta de troca anunciada em 6 de julho. Para que o acordo se efetue e os detentores de bônus formalizem sua adesão, a Argentina estendeu a data de sua oferta de troca até 24 de agosto, na tentativa de reestruturar dívida no valor de cerca de US$ 66,2 bilhões.
Para chegar a esse acordo, cujo deadline era nesta terça-feira, a Argentina teve de melhorar sua oferta. Inicialmente o governo argentino havia pedido três anos de perdão da dívida, para começar a pagá-la no quarto ano, e que, para cada dólar, fossem pagos 0,35 centavos. Na versão final, a Argentina recuou e terá apenas um ano de suspensão do pagamento, e a partir de então terá de pagar 0,54 centavos por dólar.
Apesar de uma grande resistência do presidente Alberto Fernández, de aumentar o valor oferecido devido à recessão econômica que o país vive e a situação da pandemia, ao final acabou aceitando melhorar a oferta.
A situação de calote técnico estava estabelecida desde maio, quando a Argentina deixou de pagar uma parcela de US$ 503 milhões em juros. O ministro da economia, Martín Guzmán, insistia que o termo não o incomodava, uma vez que o processo de renegociação havia começado antes deste primeiro vencimento e nenhum dos credores havia, até então, recorrido à Justiça. Os principais grupos de credores com quem a Argentina fechou o acordo são BlackRock, Fidelity, Ashmore e Exchange, entre outros.
O governo declarou, em comunicado, que o acordo permitirá "diminuir o valor total da dívida e aliviar os pagamentos dos juros". Além disso, reforçou que teve "o apoio de parte da comunidade internacional", incluindo aí o FMI (Fundo Monetário Internacional), e que manteve a preocupação de encontrar um "modo sustentável" de pagar os vencimentos.
O acordo chega, também, em bom momento político para o presidente Alberto Fernández, uma vez que há uma piora no desempenho do país com relação ao combate à pandemia. Por conta da longa quarentena, há uma redução da atividade econômica e alta emissão monetária, o que economistas creem que pode agravar a situação do país no pós-pandemia.
 
Folhapress
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