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Economia

- Publicada em 30 de Julho de 2020 às 20:39

RS tem primeira 'alta tripla' nas vendas de indústria, atacado e varejo na pandemia

Os supermercados tiveram alta de 20% na última semana e puxaram o desempenho do varejo

Os supermercados tiveram alta de 20% na última semana e puxaram o desempenho do varejo


LUCIANO LANES/PMPA/JC
Patrícia Comunello
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, exaltou nesta quinta-feira (30) o primeiro crescimento triplo nas vendas dos grandes setores da economia desde a eclosão da pandemia. O boletim semanal da Receita Estadual, baseado na emissão de notas fiscais eletrônicas, apontou alta de 20% no atacado, 6% na indústria e 2% no varejo na semana de 18 a 24 de julho. O confronto é com o mesmo período de 2019. Leite também falou sobre aulas presenciais e alteração no cálculo para bandeiras do distanciamento controlado. 
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, exaltou nesta quinta-feira (30) o primeiro crescimento triplo nas vendas dos grandes setores da economia desde a eclosão da pandemia. O boletim semanal da Receita Estadual, baseado na emissão de notas fiscais eletrônicas, apontou alta de 20% no atacado, 6% na indústria e 2% no varejo na semana de 18 a 24 de julho. O confronto é com o mesmo período de 2019. Leite também falou sobre aulas presenciais e alteração no cálculo para bandeiras do distanciamento controlado
O comportamento positivo ocorre pela primeira vez no percurso da crise que completa mais de 120 dias. No começo de junho, o comércio chegou a crescer 1% nas vendas, mas a indústria caiu 10%. O varejo não conseguia sair do desempenho negativo desde a semana de 6 a 12 do mês passado.
"É um dado bastante relevante", reagiu o subsecretário da Receita Estadual, Ricardo Neves Pereira, que confessou ter sido uma surpresa a coincidência da tripla alta, ao analisar a condição da atividade econômica na tarde desta quinta-feira (30), durante transmissão pelo YouTube, com o governador Eduardo Leite. 
Mas desde a adoção de restrições nas atividades, para reduzir o fluxo e contaminação pelo novo coronavírus, a emissão de notas acumula queda de 7,3%, segundo o boletim. O pior momento foi nas semanas entre o fim de março e abril. 
"Há uma trajetória de recuperação, principalmente na última semana, que teve alta de 8,4% em relação ao ano passado", destaca Pereira, sobre as emissões. É o segundo maior crescimento desde março, quando começou o acompanhamento semanal para colocar "o dedo no pulso" da atividade, parafraseando um termo usado por Leite para falar da vigilância na evolução da pandemia.
Leite citou que o crescimento gerou mais receita de ICMS e permitiu que o governo quitasse ainda em julho os salários de junho dos servidores do Executivo. A previsão era concluir o pagamento em 10 de agosto. "Mas há setores que ainda sofrem muito", admitiu o governador, sobre áreas da economia que sofrem restrições. Localidades das oito regiões com bandeira vermelha entre as 20 do distanciamento controlado estão com comércio e setores não essenciais fechados.
Foi a segunda semana (18 a 24 de julho) consecutiva de elevação nas emissões de notas. O valor ficou em R$ 1,9 bilhão na média por dia. Na semana de 16 a 20 de março, a cifra chegou a R$ 2,7 bilhões na média diária, mas a Fazenda detectou um consumo maior que foi associado à antecipação do que seria comprado normalmente devido à perspectiva de fechamento de setores que ocorreria nos dias seguintes. 
No varejo, os supermercados puxaram o aumento, com alta de 20,1%, e têm impacto pelo volume de vendas. O setor foi um dos que se manteve operando na crise, o que tem provocado críticas de outros segmentos comerciais fechados. Material de construção cresceu 31,5% e medicamentos, 16,1%. Tiveram queda o comércio de combustíveis, cosméticos, veículos e vestuário. 
No atacado,alimentos mostraram elevação de 26,2%, e insumos agropecuários,de 43,8%. Atacadistas de combustíveis venderam 20,5% menos.
Na indústria, as maiores elevações são de alimentos, com arroz, que cresceu 55% na última semana captada pelo boletim. Dos 19 setores, apenas cinco tiveram queda. A maior taxa foi do setor coureiro-calçadista, com recuo de 39%. Depois vieram as quedas da metalurgia (-19%), de veículos (-11%), processamento de suínos (-7%) - uma exceção nos alimentos, e têxteis e confecção (-5%).
Nas 19 semanas do monitoramento, arroz ostenta a maior alta acumulada, de 41%, e o setor calçadista, a maior queda, de 53%. Dos 19 segmentos, apenas sete estão com percentual acumulado positivo. Algumas calçadistas como a RR Shoes voltam a contratar para a produção de primavera-verão, mas a Abicalçados condiciona a recuperação à abertura do comércio e à chegada da vacina da Covid-19.  
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