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Sistema Financeiro

- Publicada em 30 de Julho de 2020 às 03:00

Empréstimos às empresas caem pelo terceiro mês seguido

Bancos emprestaram R$ 322 bilhões em junho, alta de 2,5% ante maio

Bancos emprestaram R$ 322 bilhões em junho, alta de 2,5% ante maio


/JOÃO MATTOS/ARQUIVO/JC
Os bancos emprestaram R$ 322 bilhões em junho, alta de 2,5% em relação a maio. Para empresas, no entanto, houve redução de 2,4% nos novos créditos, apesar das medidas do Banco Central (BC) e do governo para destravar crédito para pessoas jurídicas.
Os bancos emprestaram R$ 322 bilhões em junho, alta de 2,5% em relação a maio. Para empresas, no entanto, houve redução de 2,4% nos novos créditos, apesar das medidas do Banco Central (BC) e do governo para destravar crédito para pessoas jurídicas.
Segundo dados do BC divulgados nesta quarta-feira (29), a alta foi puxada pelos empréstimos às famílias, com aumento de 10,4%. É o terceiro mês consecutivo com redução do fluxo de novos empréstimos às empresas. A variação foi registrada na série com ajuste sazonal, que retira peculiaridades do período, como número de dias úteis a mais ou a menos, para facilitar a comparação.
A liberação de linhas que foram mais procuradas no início da crise, como capital de giro de curto prazo, despencou no mês (-25,2%). Financiamento de exportações também teve queda drástica, de 63,7%.
Já modalidades que foram mais afetadas com as medidas de isolamento social, implementadas por conta da pandemia do novo coronavírus, como antecipação de recebíveis e desconto de duplicatas, aumentaram em 34,6% e 21,1%, respectivamente.
O aumento reflete a abertura dos comércios em algumas cidades. Essas modalidades dependem de vendas para gerar garantia e com os empreendimentos fechados, a concessão dessas linhas despencou entre março e maio.
Para as famílias, modalidades ligadas ao consumo também aumentaram. O total concedido em cartão de crédito à vista - quando o valor total da fatura é pago - subiu 13,8%.
No mês, os brasileiros usaram 10,1% a mais o cheque especial em relação a maio. A contratação de crédito pessoal também aumentou em 13,3%. O consignado (com desconto em folha de pagamento) saltou 12,5%. O estoque de crédito fechou o mês R$ 3,6 trilhões, 0,8% maior que em maio.

Taxas de juros recuaram no mês passado

A taxa média de juros para as pessoas físicas no crédito livre chegou a 40,7% a.a., queda de 2,2 pontos percentuais em relação a maio. Já a taxa média das empresas ficou em 13% a.a., redução de 1,2 ponto percentual, e a menor já registrada.
A taxa do crédito pessoal (não consignado) chegou a 79,6% a.a., recuo de 1,3 ponto percentual ante maio. Os juros do consignado caíram 0,4 ponto percentual para 19,6% a.a.. A taxa do cheque especial chegou a 110,2% a.a., queda de 5,9 pontos percentuais ante maio.
Os juros médios do rotativo do cartão de crédito chegaram a 300,3% a.a., queda de 4,7 pontos percentuais.