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Economia

- Publicada em 24 de Julho de 2020 às 12:13

Inadimplência e demissões crescem em escolas particulares gaúchas, aponta Sinepe

Instituições também fazem demissões do quadro e tentam oferecer descontos para reduzir atrasos

Instituições também fazem demissões do quadro e tentam oferecer descontos para reduzir atrasos


MARIANA CARLESSO/JC
Setor com atividades presenciais interrompidas há mais de 120 dias, as escolas particulares gaúchas contabilizam inadimplência de quase 20%. Segundo o Sindicato do Ensino Privado do Rio Grande do Sul (Sinepe-RS), os atrasos ficaram em média em 19,6% em maio, alta de 24,4% frente ao mesmo mês de 2019. Escolas têm se preparado para a retomada, adotando medidas contra o novo coronavírus, mas não há data de retorno ainda. Universidades acionam planos para suportar a crise.
Setor com atividades presenciais interrompidas há mais de 120 dias, as escolas particulares gaúchas contabilizam inadimplência de quase 20%. Segundo o Sindicato do Ensino Privado do Rio Grande do Sul (Sinepe-RS), os atrasos ficaram em média em 19,6% em maio, alta de 24,4% frente ao mesmo mês de 2019. Escolas têm se preparado para a retomada, adotando medidas contra o novo coronavírus, mas não há data de retorno ainda. Universidades acionam planos para suportar a crise.
Os dados do sindicato refletem pesquisa com 174 estabelecimentos entre 29 de junho e 3 de julho. A base tem 163 escolas de Educação Básica e 11 instituições de Ensino Superior, informou, por nota, a entidade. O percentual reflete a média do total pesquisado. 
A taxa por nível indicou que a maior inadimplência média foi na Educação Infantil, com 18,3%, seguido pelos anos iniciais do Ensino Fundamental, com 17%, anos finais, com 16,7%, e Ensino Médio, com 15,3%. O Sinepe-RS explicou que "os percentuais são menores do que a média geral porque nem todas as instituições informaram o percentual de inadimplência em todos os níveis de ensino".
"Embora os índices sejam altos, há registro de uma pequena queda com relação ao mês anterior quando a inadimplência na Educação Infantil foi de 19,4%, nos anos iniciais 18,8%, anos finais 18,6% e Ensino Médio 17,7%", observou a entidade.
A pesquisa mostra ainda que em 75,5% das escolas houve elevação dos alunos com mensalidades em atraso.
O setor também tem registra cancelamento de matrículas, que foi de 7,5% das matrículas. A Educação Infantil chegou a 16%. Nos demais níveis de ensino, o Sinepe-RS aponta média abaixo de 3% nas desistência. 
No Ensino Superior, a taxa média de inadimplência é de 23%, ficou estável em relação a abril, mas é 34,6% maior do que em maio de 2019. Os cancelamentos foram de 13,8%, "três vezes maior do que a registrada em abril", diz a pesquisa.
“Não estamos em uma bolha. Sabemos que, em muitas famílias, os responsáveis pelo pagamento das mensalidades perderam seus empregos ou reduziram drasticamente suas rendas, que acaba refletindo na escola", relaciona o presidente do sindicato, Bruno Eizerik. Os dados mostram que mesmo os descontos que vêm sendo oferecidos não conseguem reverter casos de atrasos, assinala Eizerik, em nota.
O setor também reduz quadro de pessoal. Na Educação Infantil e Ensino Básico, 33,7% das instituições demitiram em maio ou junho, alta de 8,7% em relação a abril, que teve 25% do setor fazendo cortes. A redução atinge 5% do quadro de professores e 5% do número de funcionários.
Das instituições de Ensino Superior, 45,45% demitiram.
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