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varejo

- Publicada em 14 de Julho de 2020 às 21:13

Supermercados vendem mais bebidas com a pandemia

Lang diz que procura, antes concentrada no fim de semana, agora é diária

Lang diz que procura, antes concentrada no fim de semana, agora é diária


/divulgação Mercado Lang
Impossibilitados de frequentarem bares e casas de festa por conta do isolamento social para conter a disseminação do novo coronavírus, os gaúchos têm investido na compra de bebidas em supermercados. Desde que foi declarada a pandemia de Covid-19, na segunda quinzena de março, as empresas do setor veem a demanda crescer gradativamente. "Aqui, por ser um mercado de bairro (onde ocorre menor fluxo de pessoas, sendo mais atrativo para quem quer evitar aglomeração), tivemos um desempenho muito bom, pois aumentou o movimento: em relação a janeiro e fevereiro, a venda de bebidas frias (cervejas, principalmente) cresceu 35% nos meses de abril e maio", comenta o proprietário do Mercado Lang, Bruno Delazari Lang.
Impossibilitados de frequentarem bares e casas de festa por conta do isolamento social para conter a disseminação do novo coronavírus, os gaúchos têm investido na compra de bebidas em supermercados. Desde que foi declarada a pandemia de Covid-19, na segunda quinzena de março, as empresas do setor veem a demanda crescer gradativamente. "Aqui, por ser um mercado de bairro (onde ocorre menor fluxo de pessoas, sendo mais atrativo para quem quer evitar aglomeração), tivemos um desempenho muito bom, pois aumentou o movimento: em relação a janeiro e fevereiro, a venda de bebidas frias (cervejas, principalmente) cresceu 35% nos meses de abril e maio", comenta o proprietário do Mercado Lang, Bruno Delazari Lang.
Situado no bairro Teresópolis, em Porto Alegre, o estabelecimento vendeu um volume 40% maior da bebida quando comparado ao mesmo período em 2019, completa o proprietário. Outros dois movimentos ocorreram por conta do isolamento social, segundo Lang: o público que consumia cervejas artesanais em bares passou a procurar minimercados e supermercados, impulsionando as vendas deste produto. "Ao mesmo tempo, as cervejarias artesanais passaram a oferecer a produção com 50% de desconto para os mercados, já que não estão abastecendo as outras empresas, fechadas por decreto." Com a oportunidade de negociar preços menores, Lang afirma que também pode trabalhar com valores mais atrativos. Nesse sentido, diz ele, os vinhos gaúchos também estão mais em conta que os importados, com boa venda.
"Os vinhos gaúchos estão com melhor custo benefício, porém, já enfrentamos um pouco de demora na entrega devido ao aumento inesperado da demanda", pondera a diretora do Supermago, Patrícia Machado. Ela comenta que, para evitar problemas de reposição, a empresa está trabalhando com maior volume de estoque. "Nossas vendas de bebidas cresceram 40% no geral, enquanto as de vinhos aumentaram em 130%", justifica. "As pessoas estão mais tempo em casa e estão bebendo mais", completa o proprietário do Mercado Lang. Segundo ele, as vendas de bebidas, que eram mais comuns ocorrer aos sábados e domingos, agora acontecem durante todos os dias da semana.
Na rede Asun, o crescimento da demanda por bebidas quentes durante os quatro meses de pandemia girou em torno de 25% frente ao mesmo período em 2019, informa o gerente comercial, Jacques Baptista. "Nos preparamos mais este ano, até porque já estávamos apostando em um inverno frio. Mas com a pandemia, decidimos aumentar em 30% o estoque de bebidas quentes."

Preços mais atrativos estimulam aumento do consumo de vinhos produzidos no Estado

Um dos fatores que tem impuslionado as vendas de vinhos, segundo o proprietário do Mercado Lang, Bruno Delazari Lang, é a possibilidade de aplicar preços mais baixos nos rótulos de origem regional. Isso tem sido possível devido ao recente fim da cobrança de substituição tributária sobre o produto (que agora é tributado via ICMS).
Com a chegada do frio, em 15 dias zeraram os estoques de vinhos suaves do mercado Lang, o que exigiu a reposição de mais 50 caixas. "Em outros tempos, o mesmo estoque duraria 30 dias", diz. De acordo com o empresário, para garantir que não falte a bebida nas gôndolas, ele tem estocado um volume 40% maior quando comparado a anos anteriores.
"Com restaurantes fechados, o consumo de vinho passou a ser um hábito ainda mais caseiro", avalia o gestor de e-commerce da Vinícola Miolo, Eduardo Lapenda. Segundo ele, a empresa registrou um aumento de 62% nas vendas on-line durante o mês de abril, se comparado ao mesmo período do ano passado. "Março também fechou em alta com um acréscimo de 52% sobre o mesmo mês de 2019".
A marca, que já atua há oito anos com loja virtual, vem intensificando ações para aumentar a representatividade do e-commerce. "Uma das estratégias adotadas pela Miolo para o enfrentamento da Covid-19 foi de oferecer frete grátis em todo território nacional para compras acima de seis garrafas", comenta o gestor do canal de vendas pela internet.
Na Cooperativa Garibaldi o crescimento das vendas de vinhos (que foi de 40% a 45% nos meses de abril, maio e junho) para o varejo também exigiu estratégia. "Estamos utilizando o volume que se tinha de estoque de passagem ou estoque regulador (que seria envazado para 2021) para não perder este aquecimento de mercado", conta o gerente de Marketing da Cooperativa, Maiquel Vignatti. Ele afirma que a produção anual de 2,5 milhões de litros de vinho possivelmente não será suficiente para atender o mercado. Tanto é que a Garibaldi está comprando a granel de outras vinícolas para cortar com os vinhos da cooperativa e seguir abastecendo o mercado.