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Agronegócios

- Publicada em 08 de Julho de 2020 às 12:23

Área plantada de trigo pode subir 23% no Rio Grande do Sul, diz Conab

Estimativa para a cultura de inverno é de uma colheita de 2,489 milhões de toneladas

Estimativa para a cultura de inverno é de uma colheita de 2,489 milhões de toneladas


EMATER/DIVULGAÇÃO/JC
No Rio Grande do Sul, com a safra de verão tendo uma perda consolidada de 29,9% segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), com a colheita de 22,73 milhões de toneladas de grãos (contra 32,44 milhões no ciclo 2018/2019), a atenção do setor agrícola agora se volta para as lavouras de inverno. De acordo com o 10º Levantamento de Grãos da Conab, divulgado nesta quarta-feira (8), a área plantada com trigo no Estado deve alcançar 905,2 mil hectares, um aumento de 23% ante os 735,9 mil hectares de 2019.
No Rio Grande do Sul, com a safra de verão tendo uma perda consolidada de 29,9% segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), com a colheita de 22,73 milhões de toneladas de grãos (contra 32,44 milhões no ciclo 2018/2019), a atenção do setor agrícola agora se volta para as lavouras de inverno. De acordo com o 10º Levantamento de Grãos da Conab, divulgado nesta quarta-feira (8), a área plantada com trigo no Estado deve alcançar 905,2 mil hectares, um aumento de 23% ante os 735,9 mil hectares de 2019.
A estimativa para a área de trigo gaúcha também aumentou em relação ao levantamento divulgado em junho, quando era estimada uma área de 809,5 mil hectares para o cereal. Caso seja verificada a produtividade projetada para a cultura, de 2.750 quilos por hectare (uma redução de 8,3% ante 2019), a colheita de trigo no Rio Grande do Sul é projetada em 2,489 milhões de toneladas, o que representada um crescimento de 12,8% em relação aos 2,207 milhões de toneladas registrados no ano passado.
O aumento estimado para a colheita de trigo deve reduzir ligeiramente a perda integral da safra gaúcha 2019/2020 (culturas de verão e inverno) de uma quebra de 27,5 % (projetada em junho) para uma de 26,2% (no novo levantamento), com a produção de 26,267 milhões de toneladas, contra as 35,587 milhões de toneladas registradas no ciclo 2018/2019.
Em relação à produção total de trigo no Brasil, a Conab estima uma lavoura de 2,32 milhões de hectares, um aumento de 13,7%. A produção no País pode atingir 6,32 milhões de toneladas, aumento de 22,5% ante 2019.

Produção de grãos brasileira deve ter recorde de 251,42 milhões de toneladas

A produção brasileira de grãos deverá atingir recorde de 251,42 milhões de toneladas na safra 2019/2020, o que corresponde a um aumento de 3,9%, ou 9,3 milhões de toneladas, ao colhido em 2018/2019 (242,1 milhões de toneladas), segundo o 10º Levantamento de Grãos realizado pela Conab. Em relação ao levantamento anterior, de junho, houve aumento de 888 mil toneladas.
Segundo comunicado da Conab, o "desempenho recorde na agricultura deve-se, principalmente, às colheitas de soja e milho, responsáveis por cerca de 88% da produção". Nesta safra, a Conab estima a maior colheita já registrada para a soja, com uma produção de 120,88 milhões de toneladas, aumento 5,1% ante 2018/2019 (115,03 milhões de toneladas). "O bom resultado foi obtido, apesar dos problemas climáticos registrados principalmente no Rio Grande do Sul, com registro de produtividade média nacional maior que a da safra passada’, informou a companhia.
O reflexo da boa produção de soja pode ser visto nas exportações do produto, destaca a Conab. No primeiro semestre deste ano, o País exportou 60,3 milhões de toneladas da oleaginosa, aumento de 38% em comparação com o mesmo período do ano passado. A elevação da cotação do dólar em relação ao real contribuiu para esse número, aumentando a competitividade do produto brasileiro no mercado internacional. A soja e os demais produtos do agronegócio contribuíram para um saldo de aproximadamente US$ 36 bilhões na balança comercial, algo em torno de R$ 190 bilhões.
A produção de milho também deve ser a maior já registrada no País. Com a colheita realizada em 25% da 2ª safra do cereal, a expectativa é de que o Brasil tenha uma produção de 100,56 milhões de t, aumento de 0,5% ante a safra 2018/2019 (100,04 milhões de toneladas). O resultado ocorre mesmo com o atraso do plantio da soja, que provocou impacto no plantio do milho, fazendo com que parte da semeadura tenha sido feita fora do período ideal. "Em Mato Grosso, principal estado produtor, as condições climáticas foram menos favoráveis que na safra passada, o que não permitiu às lavouras expressarem todo seu potencial produtivo", explica a estatal.
O crescimento na área plantada deve compensar as influências negativas na cultura do milho. "Este aumento pode ser consequência dos preços de mercado, em níveis remuneratórios ao produtor, que incentivou o plantio", aponta a companhia.