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Economia

- Publicada em 03 de Julho de 2020 às 03:00

Fundo do poço se deu no fim de março, diz Itaú

O novo indicador diário de atividade econômica elaborado pelo Itaú Unibanco mostra que a economia brasileira atingiu o fundo do poço no dia 28 de março e, três meses depois, havia recuperado praticamente metade das perdas verificadas em relação à primeira quinzena de março, pouco antes do anúncio de medidas de isolamento social por vários estados e municípios.
O novo indicador diário de atividade econômica elaborado pelo Itaú Unibanco mostra que a economia brasileira atingiu o fundo do poço no dia 28 de março e, três meses depois, havia recuperado praticamente metade das perdas verificadas em relação à primeira quinzena de março, pouco antes do anúncio de medidas de isolamento social por vários estados e municípios.
O economista-chefe do Itaú Unibanco, Mário Mesquita, afirma que os indicadores econômicos sugerem que o pior da atividade econômica ficou para trás, mas que há um risco de curto prazo, que é uma segunda onda da doença que afete a retomada da atividade, e um para o final do ano, que é o fim das medidas de compensação de perda de renda.
O Idat (indicador diário de atividade) foi elaborado considerando um patamar de 100 pontos para a primeira quinzena de março. Chegou a 55 pontos no dia 28 daquele mês e, no último dado disponível, marcou 77 pontos no último domingo (28). Quando considerada a média mensal, o indicador atingiu o nível mais baixo em abril (66 pontos), tendo se recuperado em maio (73) e junho (82, no dado parcial). Também nessa comparação, recuperou cerca de metade das perdas.
"Uma recuperação consistente depende de não termos de voltar a adotar, de forma generalizada pelo país, medidas de isolamento social mais rígidas por uma eventual segunda onda da doença. Parece que a gente está conseguindo, pelo menos no centro-sul do país, voltar a um certo grau de circulação sem que as condições de tratamento apresentem uma piora", afirmou Mesquita.
O economista afirma que essa é uma recessão mais intensificada pela queda na produção do que da renda disponível, pois a injeção de recursos por causa do auxílio emergencial e a liberação extraordinária do FGTS, por exemplo, estão fazendo alguma diferença.
"O risco do ponto de vista de atividade é que não temos capacidade fiscal aparente de continuar pagando R$ 600,00 por mês para um contingente grande da população de forma indefinida no tempo. Em algum momento ele vai ser reduzido ou descontinuado. Isso é consequência das nossas dificuldades fiscais e apresenta um risco para a retomada da economia. Mas vejo isso como um tema mais para o último trimestre do ano. No curto prazo, o risco maior é uma segunda onda."
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