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Economia

- Publicada em 02 de Julho de 2020 às 11:44

Confiança dos empresários do comércio no RS tem nova queda recorde em junho

 Alternância entre abrir e fechar ameaça ainda mais sobrevivência dos negócios, diz a Fecomércio-RS

Alternância entre abrir e fechar ameaça ainda mais sobrevivência dos negócios, diz a Fecomércio-RS


LUIZA PRADO/JC
O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC-RS) mostrou que a situação, que já era crítica no final de abril, ficou ainda pior no final de maio de acordo com a percepção dos varejistas. É o que mostra a edição do ICEC-RS de junho, sondagem realizada pela CNC nos últimos dez dias de maio em Porto Alegre e divulgada pela Fecomércio-RS nesta quinta-feira (2). O tombo na confiança dos empresários foi recorde tanto em relação ao mês anterior (-19,5%) quanto em relação ao mesmo período do ano passado (-33,7%), derrubando o índice para 76,1 pontos, com intensificação do pessimismo entre os varejistas.
O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC-RS) mostrou que a situação, que já era crítica no final de abril, ficou ainda pior no final de maio de acordo com a percepção dos varejistas. É o que mostra a edição do ICEC-RS de junho, sondagem realizada pela CNC nos últimos dez dias de maio em Porto Alegre e divulgada pela Fecomércio-RS nesta quinta-feira (2). O tombo na confiança dos empresários foi recorde tanto em relação ao mês anterior (-19,5%) quanto em relação ao mesmo período do ano passado (-33,7%), derrubando o índice para 76,1 pontos, com intensificação do pessimismo entre os varejistas.
Entre os componentes, a avaliação que teve a queda mais expressiva foi em relação às condições atuais (ICAEC), que também registrou a maior baixa da série ao cair 38,5% ante o mês anterior, o que deixou o ICAEC ainda mais abaixo no campo negativo, com 48,5 pontos. Dentre os entrevistados, 92,7% avaliaram uma piora na condição atual da economia. Em relação ao setor e à própria empresa, a percepção de condições piores foi referida por 74,1% e 69,9% dos empresários, respectivamente. De acordo com os dados divulgados das NFC-e pela Sefaz-RS, o varejo da região onde Porto Alegre se encontra tem sofrido muito com a pandemia e é a segunda região mais afetada no Estado: no final de maio, as vendas do varejo no Corede Metropolitano Delta Jacuí estavam 21% abaixo do mesmo período de 2019.
Quanto às expectativas (IEEC), a baixa de 13,1% na margem, menor que a queda do mês anterior, levou índice para próximo da linha de neutralidade, mas ainda em patamar otimista com 101,2 pontos. A expectativa para 53,5% dos empresários eram de condições ainda piores para a economia do país, já para o comércio e para a própria empresa, a avaliação positiva prevaleceu, com 55,5% e 59,8% esperando condições melhores, respectivamente.
Em relação aos investimentos (IIEC), houve queda mensal igual ao mês anterior, de 10,8%, deixando o índice no menor valor da série (78,8 pontos). Outro dado mostrado na pesquisa é que 74,4% dos entrevistados têm projetado níveis menores de investimento e 67,5% esperam reduzir o quadro de funcionários. “A situação do varejo é muito crítica. Crédito difícil, sobretudo para os menores, receitas pequenas com movimento baixo para muitas atividades do varejo, incerteza sobre a possibilidade de prorrogação de medidas relacionadas à jornada de trabalho são desafios que os empresários têm enfrentando para passar pela crise. Nesse cenário incerto já muito difícil, a alternância entre abrir e fechar ameaça ainda mais a sobrevivência dos negócios e traz consequências ainda mais severas sobre o setor”, comentou o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn.
De acordo com dados do Caged, o comércio varejista gaúcho fechou 22 mil postos de trabalho formais desde o início da pandemia (considerando março, abril e maio), sendo 5 mil apenas em Porto Alegre.
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