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Economia

- Publicada em 29 de Junho de 2020 às 03:00

Planejamento de empresas é mais difícil na pandemia

Para Godoy, do Sebra-RS, gestão dos negócios está impossível

Para Godoy, do Sebra-RS, gestão dos negócios está impossível


MARCELO G. RIBEIRO/ARQUIVO/JC
Carlos Villela
A insegurança causada pelo retorno das restrições de abertura do comércio e o recuo de algumas medidas por parte dos governos podem ser desafios para os empreendedores que querem traçar um plano para fazer seus negócios sobreviverem durante a pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Além disso, o tema também é complexo para as entidades comerciais que dão apoio a esses negócios.
A insegurança causada pelo retorno das restrições de abertura do comércio e o recuo de algumas medidas por parte dos governos podem ser desafios para os empreendedores que querem traçar um plano para fazer seus negócios sobreviverem durante a pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Além disso, o tema também é complexo para as entidades comerciais que dão apoio a esses negócios.
"Da maneira com que as coisas estão acontecendo, é literalmente impossível para o empresário fazer planejamento", afirma André Vanoni de Godoy, diretor-superintendente do Sebrae no Rio Grande do Sul.
Godoy cita o caso de Porto Alegre, onde havia uma autorização para funcionamento de restaurantes que foi suspensa com o decreto publicado na terça-feira passada.
"O dono de restaurante faz a compra de insumos para as refeições, e na semana seguinte o governo proíbe a abertura. Aí o que ele faz com esses insumos? Há o risco de boa parte deles se perderem. Como o empresário planeja num cenário desses?", questiona o dirigente regional do Sebrae.
Para Godoy, a única maneira de possibilitar um cenário de planejamento é ter uma previsibilidade sobre o prazo em termos de aberturas e fluxo de pessoas, o que acredita ser complicado no momento.
Segundo o dirigente do Sebra-RS a situação atual é angustiante porque limita o grau de liberdade que empreendedores precisam ter para administrar seus negócios. "Como nem o governo sabe o que vai acontecer, porque ninguém sabe muito bem qual vai ser o ritmo de evolução do contágio e necessidade de leitos hospitalares, as pessoas vivem de um dia para o outro", destaca Godoy.
O superintendente do Sebrae-RS aponta que há academias de ginástica que preferem não abrir seus empreendimentos do que atender um cliente de cada vez. "O empresário no final das contas pode preferir fechar seu estabelecimento, gerando desemprego e dificuldades para ele e sua família, porque quando falamos de pequenos negócios falamos de famílias que giram em torno do negócio", destaca.
Nas últimas semanas, além de expandir o atendimento remoto, o Sebrae está entrando em contato com seus clientes de modo ativo para ajudar a encontrar caminhos para diminuir os prejuízos causados pela crise. De acordo com Godoy, uma das principais características desta crise é que os empreendedores podem ficar desorientados, e acabam por não procurar ajuda.
"Às vezes o empresário fica tão desnorteado que nem sabe por onde caminhar", opina o dirigente do Sebrae-RS. Além disso, a entidade está reunindo em âmbito nacional informações para auxiliar empreendedores com os protocolos de retomada de negócios, busca de equilíbrio nas finanças e um portal de perguntas e respostas, que pode ser acessado em www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/coronavirus.
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