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Economia

- Publicada em 23 de Junho de 2020 às 18:31

Juros de médio e longo prazos caem com alívio no câmbio e exterior

Agência Estado
Os juros futuros fecharam a terça-feira (23) em baixa nos vencimentos longos e intermediários, enquanto a ponta curta terminou de lado. A ata do Copom, estrela da agenda, veio em linha com o comunicado da decisão da semana passada e, assim, não serviu para desempatar o quadro de apostas para a Selic na reunião de agosto. As expectativas do mercado continuam divididas entre corte de 0,25 ponto porcentual e manutenção no nível de 2,25%. Nos vencimentos longos, prevaleceu a melhora do apetite pelo risco no exterior, que enfraqueceu o dólar e fez recuar o nível dos Contratos de Default Swap (CDS, em inglês) do Brasil para perto dos 250 pontos.
Os juros futuros fecharam a terça-feira (23) em baixa nos vencimentos longos e intermediários, enquanto a ponta curta terminou de lado. A ata do Copom, estrela da agenda, veio em linha com o comunicado da decisão da semana passada e, assim, não serviu para desempatar o quadro de apostas para a Selic na reunião de agosto. As expectativas do mercado continuam divididas entre corte de 0,25 ponto porcentual e manutenção no nível de 2,25%. Nos vencimentos longos, prevaleceu a melhora do apetite pelo risco no exterior, que enfraqueceu o dólar e fez recuar o nível dos Contratos de Default Swap (CDS, em inglês) do Brasil para perto dos 250 pontos.
Nesse cenário, a curva devolveu o ganho de inclinação registrado ontem, tendo ainda favorecido esse movimento hoje o detalhamento por parte do Banco Central de seu programa de compra de títulos assegurado na PEC do Orçamento.
O contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2021 encerrou com taxa a 2,035% (mínima), de 2,034% ontem no ajuste, e o DI para janeiro de 2022, com taxa de 3,01% (3,03% ontem no ajuste). A do DI para janeiro de 2025 passou de 5,913% para 5,81% e a do DI para janeiro de 2027 caiu de 6,903% para 6,80%.
Paulo Nepomuceno, operador de renda fixa da Terra Investimentos, afirma que o destaque do dia hoje foram as moedas. "O real ganhou muito mais que as outras emergentes no dia e, com o risco-País caindo gradualmente, foi bom para a ponta longa", afirmou, ponderando, porém, que, mesmo assim, a divisa brasileira ainda está muito atrasada ante seus pares.
Outro fator positivo para reduzir a inclinação foi o anúncio do BC das regras para compra de ativos privados no mercado secundário, segundo Nepomuceno. Serão elegíveis ativos com risco de crédito equivalente a BB- ou superior, depositados em depositária central, não conversíveis em ações. O prazo de vencimento deverá ser igual ou superior a 12 meses.
O presidente do BC, Roberto Campos Neto, fez questão de destacar que o anúncio não deveria ser lido como o começo do processo, evitando comentar quando dará o start. "Trata-se de um mercado com liquidez reduzida, então devemos anunciar um programa de atuações. Quando entrarmos, vamos comprar títulos privados por alguns dias", afirmou. Ele disse ainda que a atuação do BC será abrangente. "Não vamos atuar para salvar um ou outro investidor", completou.
André Perfeito, economista-chefe da Necton Investimentos, lembra que com a curva menos inclinada fica mais fácil para o BC testar novos limites para a taxa básica. "Pode ficar mais confortável para seguir reduzindo o juro", disse ele, que espera apenas mais um corte de 0,25 ponto.
Na curva a termo, a precificação para a Selic em agosto, no fim da tarde, era de -14 pontos-base, ou 55% de chance de corte de 0,25 ponto porcentual, contra 45% de probabilidade de manutenção. Os cálculos são do Haitong Banco de Investimentos.
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