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Contas Públicas

- Publicada em 23 de Junho de 2020 às 00:38

Governo prevê queda de até R$ 3,8 bilhões na arrecadação

Informações repassadas durante fórum promovido pela Assembleia Legislativa

Informações repassadas durante fórum promovido pela Assembleia Legislativa


Joel Vargas/ALRS/JC
Por conta da crise econômica gerada pela pandemia de Covid-19, a arrecadação de ICMS no Rio Grande do Sul pode vir a sofrer uma "quebra bruta" que pode variar entre R$ 3,2 bilhões a R$ 3,8 bilhões em 2020. "Isso implica um imposto líquido para o tesouro estadual de R$ 2,5 bilhões, em média", explica o secretário da Fazenda Marco Aurélio Santos Cardoso, destacando que este cenário corresponde a uma queda acumulada do PIB entre 8% e 10%, de acordo com as previsões mais recentes.
Por conta da crise econômica gerada pela pandemia de Covid-19, a arrecadação de ICMS no Rio Grande do Sul pode vir a sofrer uma "quebra bruta" que pode variar entre R$ 3,2 bilhões a R$ 3,8 bilhões em 2020. "Isso implica um imposto líquido para o tesouro estadual de R$ 2,5 bilhões, em média", explica o secretário da Fazenda Marco Aurélio Santos Cardoso, destacando que este cenário corresponde a uma queda acumulada do PIB entre 8% e 10%, de acordo com as previsões mais recentes.
"Com exceção de produtos de limpeza, alimentação e do setor farmacêutico, que tiveram incremento nas vendas, os demais setores sofreram quedas de mais de 50% em suas receitas", destaca Cardoso. Na tarde desta segunda-feira (22), ele participou da 12ª reunião do Fórum de Combate ao Colapso Social e Econômico do Rio Grande do Sul, promovida pela Assembleia Legislativa, onde apresentou as medidas econômicas e fiscais adotadas pelo Governo do Estado. O evento foi mediado pelo presidente da Assembleia, Ernani Polo.
Segundo Cardoso, para driblar as dificuldades o governo tem focado em negociar suporte de liquidez imediata, recebendo apoio do governo federal (principalmente para serviços de saúde e assistência social), bem como no fornecimento de apoio aos bancos públicos e na adaptação da atuação da receita. Dentre outras ações, listou a readaptação da atuação da receita, através da simplificação dos processos administrativos, e a postergação dos vencimentos do ICMS do Simples Nacional por 90 dias.
O secretário ressaltou que as medidas adotadas em 2019 resultaram em uma redução do déficit do Estado e em uma estabilidade do fluxo de caixa, bem como no crescimento da receita tributária e redução do atraso da quitação dos salários, apesar da capacidade de investimentos se manter baixa.

Somente 12% das pessoas afirmam ter muita vontade de frequentar lojas

Ao apresentar a segunda edição da pesquisa Medo x Desejo (sobre o comportamento das pessoas passados 90 dias de confinamento), durante o Fórum realizado pela Assembleia Legislativa, o presidente do Grupo G5, João Satt, destacou as mudanças de hábitos do consumidor gaúcho, que estaria mais propenso ao consumo essencial. No levantamento on-line, feito entre 28 de maio e 3 de junho, os entrevistados demonstram que o medo de contágio do coronavírus supera o medo com o futuro das finanças pessoais e o desemprego.
"Um exemplo é que, apesar de 60% sentirem falta de frequentarem locais físicos, 72% dos entrevistados informaram que pretendem levar 30 dias ou mais para voltarem a ir a estabelecimentos comerciais após liberação", destacou Satt. Segundo a pesquisa, dos entrevistados, 82% falam que têm receio de viajar devido aos riscos de contrair o vírus e somente 12% dizem ter muita vontade de voltar a frequentar lojas físicas.
"Na comparação com o anterior, realizado de 1º a 4 de abril, o atual mostra o predomínio do digital, com o crescimento do delivery, das compras on-line e das aulas a distância", resumiu o presidente do G5. A pesquisa também mostra que 70% das pessoas se sentem pessimistas em relação ao futuro.