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Economia

- Publicada em 18 de Junho de 2020 às 03:00

Aéreas perdem mais de R$ 1 bi por dia

Latam anunciou a suspensão das operações na Argentina

Latam anunciou a suspensão das operações na Argentina


/Philippe Masclet/Airbus/Divulgação/JC
Depois de quase seis meses desde que a crise do novo coronavírus se iniciou na China, fica claro que um dos setores mais impactados pela paralisação das economias para conter a doença é o setor aéreo. Nesta quarta-feira, por exemplo, as companhias aéreas estão entre as que puxaram a derrocada do setor de serviços no Brasil em abril, segundo o IBGE. O transporte aéreo teve retração de 73,8% em relação a março. As companhias perdem, em média, US$ 230 milhões (R$ 1,2 bilhão) por dia, segundo dados da Iata (associação internacional das empresas aéreas). A entidade também projeta que o setor deve ter, neste ano, o maior prejuízo da história, com uma perda de US$ 84 bilhões (R$ 442 bilhões). A estimativa é de prejuízo também em 2021, com uma queda de US$ 16 bilhões (R$ 84 bilhões).
Depois de quase seis meses desde que a crise do novo coronavírus se iniciou na China, fica claro que um dos setores mais impactados pela paralisação das economias para conter a doença é o setor aéreo. Nesta quarta-feira, por exemplo, as companhias aéreas estão entre as que puxaram a derrocada do setor de serviços no Brasil em abril, segundo o IBGE. O transporte aéreo teve retração de 73,8% em relação a março. As companhias perdem, em média, US$ 230 milhões (R$ 1,2 bilhão) por dia, segundo dados da Iata (associação internacional das empresas aéreas). A entidade também projeta que o setor deve ter, neste ano, o maior prejuízo da história, com uma perda de US$ 84 bilhões (R$ 442 bilhões). A estimativa é de prejuízo também em 2021, com uma queda de US$ 16 bilhões (R$ 84 bilhões).
Para atravessar este período de turbulência, sem que ocorra uma quebradeira geral no setor, governos e empresas negociam pacotes de socorro, alguns com a participação de bancos privados. Levantamento feito pela reportagem identificou que 13 das 20 maiores companhias aéreas do mundo já conseguiram ou negociam alguma ajuda intermediada pelo Estado. O principal critério para definir o porte de uma empresa do setor é o RPK (indicador formado a partir da multiplicação do número de passageiros pagantes de um voo pela distância percorrida).
Entre as grandes que já confirmaram negociações fechadas ou em andamento estão American Airlines, Delta, United, Emirates, Southwest, Ryanair, Lufthansa, British Airways, Air France, Cathay Pacific, KLM, Singapore e Aeroflot Russian. "A perda é muito grande. Sem ajuda dos governos para superar isso, a indústria quebra e a recuperação seria lenta. Seria um desserviço muito grande perdê-las", disse André Castellini, sócio da Bain & Company e especialista em aviação.
"São companhias consideradas estratégicas pelos governos por transportarem pessoas e cargas. O que está ocorrendo agora é uma corrida dos governos, direta ou indireta, para salvar essas empresas", disse Salvatore Milanese, sócio da Pantalica Partners, consultoria em reestruturação.
O grupo Latam, que pediu recuperação judicial nos Estados Unidos em maio, anunciou, nesta quarta-feira, que vai encerrar suas operações na Argentina por tempo indeterminado devido aos impactos econômicos da pandemia do novo coronavírus na empresa. Entre as ajudas mobilizadas por governos, duas chamam a atenção pelo montante desembolsado e pela contrapartida exigida. A primeira faz parte do Cares, programa criado pelo governo dos Estados Unidos para atenuar a crise causada pela Covid-19 em diferentes setores. O pacote de ajuda montado para a aviação americana conta com US$ 58 bilhões (R$ 305 bilhões) em doações e empréstimos. Em troca, empresas que recebem esse dinheiro não podem demitir funcionários antes de 30 de setembro. Além disso, quem receber ajuda acima de US$ 100 milhões (R$ 526 milhões) terá de dar ao governo um bônus de subscrição (uma espécie de vale que dá direito a ações da empresa) equivalente a 10% do empréstimo, que é subsidiado. "Com esse bônus, o Estado tem um documento para, lá na frente, receber esse dinheiro de volta. É uma forma de o governo garantir o seu pagamento pelo risco que está assumindo com essas empresas agora", disse Milanese.
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