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Economia

- Publicada em 16 de Junho de 2020 às 20:03

Medidas de distanciamento social criam alerta no comércio do Interior

Sérgio Galbinski, da AGV, diz que medidas são injustas com o comércio, que segue as regras

Sérgio Galbinski, da AGV, diz que medidas são injustas com o comércio, que segue as regras


MARCELO G. RIBEIRO/arquivo/JC
Adriana Lampert
Afirmando “surpresa” com as medidas de restrição, representantes de entidades lojistas das quatro regiões classificadas com bandeira vermelha no último sábado alegam estar servindo como um “símbolo” na luta contra a pandemia de Covid-19 no Estado. Para a maioria, se as empresas passarem mais tempo de portas fechadas haverá um efeito bastante negativo na economia. “É injusto com o setor, pois não é o comércio que está causando a disseminação do vírus”, avalia o presidente da Associação Gaúcha para o Desenvolvimento do Varejo (AGV), Sérgio Galbinski. Destacando que, mesmo no período de flexibilização o desempenho das vendas já estava abaixo de 50% do que em períodos de normalidade, o dirigente ressalta que os empresários “entendem que aumentou o contágio”, mas o caminho seria “um pacto com a população para que todos seguissem as regras de higiene”.
Afirmando “surpresa” com as medidas de restrição, representantes de entidades lojistas das quatro regiões classificadas com bandeira vermelha no último sábado alegam estar servindo como um “símbolo” na luta contra a pandemia de Covid-19 no Estado. Para a maioria, se as empresas passarem mais tempo de portas fechadas haverá um efeito bastante negativo na economia. “É injusto com o setor, pois não é o comércio que está causando a disseminação do vírus”, avalia o presidente da Associação Gaúcha para o Desenvolvimento do Varejo (AGV), Sérgio Galbinski. Destacando que, mesmo no período de flexibilização o desempenho das vendas já estava abaixo de 50% do que em períodos de normalidade, o dirigente ressalta que os empresários “entendem que aumentou o contágio”, mas o caminho seria “um pacto com a população para que todos seguissem as regras de higiene”.
"Esperamos que recalculem e reconsiderem essa classificação”, destacou a presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Santa Maria, Marli Rigo, antes da decisão do governador Eduardo Leite, à tarde, de levar a cidade para a bandeira laranja. “Fomos prejudicados. Temos mais sete leitos oficiais que não foram lançados na estatística, e se estivessem lá não teríamos entrado na bandeira vermelha.”
A presidente do CDL-Santa Maria afirma que 80% da economia do município depende do comércio, e informa que o fato das atividades terem sido interrompidas por 60 dias já ocasionou desemprego. “Foram fechadas cinco mil vagas e teve várias empresas que já não abriram mais durante a flexibilização. Estamos respeitando as medidas, mas se precisarmos paralisar de fato será um caos sistêmico irreversível.”
“Isso é um baque forte para os lojistas que voltaram a operar”, concorda Galbinski. “Semana passada estava frio e estávamos vendendo, ainda que fosse menos que a metade que do ano passado, mas estávamos operando, mantendo a comunicação com os clientes”, observa. “Se ficarmos mais 15 dias parados depois de 60 dias fechados vai quebrar muita empresa”, completa. O dirigente da AGV observa que faltou criação de leitos hospitalares que sejam suficientes, e que as regras de distanciamento e higiene estavam ocorrendo dentro das lojas.
“Estávamos em um recomeço, em um reinventar, e estava dando certo. De repente esta paralisação de novo causa pavor, medo e pânico, estamos aguardando a revisão dos cálculos”, reforça Marli Rigo, de Santa Maria.
Já o presidente da CDL-Santo Ângelo, José Nilto de Oliveira, comenta que as medidas abalaram o setor. “No final de semana tivemos uma reunião com o comitê de crise da cidade e com o prefeito e estava tudo normal. Aí dois dias depois surge a notícia da bandeira vermelha, o pessoal ficou apavorado”, disse ele – assim como Santa Maria, Santo Ângelo também voltou para a bandeira laranja ontem à tarde.
De acordo com Oliveira, em Santo Ângelo as vendas já estavam baixas. “As pessoas estão evitando sair de casa, o movimento vai custar a voltar ao normal, só os supermercados estão com os negócios mais aquecidos.”
“Será uma catástrofe pelos próximos dois anos, com lojas fechadas e desemprego”, dispara o presidente da CDL de Uruguaiana, João Batista Saldanha. “Ficamos 30 dias fechados, criamos toda uma estrutura, estamos isolados, longe das outras cidades e não há sequer um paciente na internado por Covid-19 no município”, alega o dirigente, lamentando a bandeira vermelha, mantida pelo governo do Estado.
Ao destacar que há um hospital de campanha fechado por falta de pacientes na cidade, Saldanha diz que a “esperança” é que o governador Eduardo Leite revise a classificação de Uruguaiana. “Não somos contra o distanciamento, e estamos cumprindo todos os protocolos mas não podemos estar inseridos em uma região macro, porque estamos sem problema nenhum e somos uma micro região.”
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