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Economia

- Publicada em 16 de Junho de 2020 às 17:49

Dólar sobe com perspectiva negativa sobre recuperação de economias e temor fiscal

Incerteza no contexto da pandemia gera dúvidas sobre compromisso com laudo fiscal no Brasil

Incerteza no contexto da pandemia gera dúvidas sobre compromisso com laudo fiscal no Brasil


FREEPIK/REPRODUÇÃO/JC
Agência Estado
As perspectivas mais negativas de que uma recuperação econômica nas principais economias, como Estados Unidos, ainda não é uma realidade próxima fizeram com que os investidores voltassem a procurar o dólar como medida de segurança nesta terça-feira (16). No Brasil, essa incerteza no contexto da pandemia do coronavírus segue acrescida de dúvidas sobre o real compromisso com o lado fiscal e, sobretudo, as reformas estruturais, e acaba por levar o real a se depreciar mais do que as moedas de pares emergentes. Assim, a divisa americana teve mais uma sessão de alta, encerrando o dia cotada a R$ 5,2340 (+1,79%).
As perspectivas mais negativas de que uma recuperação econômica nas principais economias, como Estados Unidos, ainda não é uma realidade próxima fizeram com que os investidores voltassem a procurar o dólar como medida de segurança nesta terça-feira (16). No Brasil, essa incerteza no contexto da pandemia do coronavírus segue acrescida de dúvidas sobre o real compromisso com o lado fiscal e, sobretudo, as reformas estruturais, e acaba por levar o real a se depreciar mais do que as moedas de pares emergentes. Assim, a divisa americana teve mais uma sessão de alta, encerrando o dia cotada a R$ 5,2340 (+1,79%).
Otávio Aidar, estrategista-chefe e gestor de moedas da Infinity Asset, ressalta que a possibilidade de maior liquidez ofertada pelas autoridades monetárias das principais economias estimula posições de maior risco. No entanto, na ponta contrária, o anúncio só ocorre porque significa que a economia ainda vai ficar ainda ruim. Nesse sentido, vem o receio de tomar risco. "A situação global é mais difícil, mas, nesse contexto, a liquidez será abundante. Porém, quando ele (Jerome Powell, presidente do Fed) fala também que a situação está ruim, o pessoal se apega ao lado negativo", diz, ressaltando que, não bastasse o clima externo, nossas questões internas, agora sobre fiscal e reformas, também pesam contra o real.
Hoje, em discurso no Senado americano, Powell reafirmou que há incertezas significativas sobre o tempo e a força da recuperação econômica nos Estados Unidos, após os impactos da pandemia de covid-19.
Aidar ressalta ainda que a volatilidade vista no câmbio não é um fator positivo para a economia real, pelo contrário, fica difícil para exportadores e importadores fecharem seus contratos. Na sessão de hoje, a cotação da moeda dos Estados Unidos variou de R$ 5,0495, na mínima, a R$ 5,2340, na máxima.
"O ambiente está muito tumultuado e nós trazemos dúvidas em relação ao fiscal que acaba piorando", diz o estrategista que não crê em ruptura do fiscal, mas nota que todo dia há alguma notícia ruim. "Por mais que neste momento seja difícil falar de reformas, a visão era positiva, e aí vem as negações, e volta a incerteza para a economia brasileira."
Sobre o efeito do corte da taxa básica de juros na reunião do Copom de amanhã sobre a cotação cambial, Alexandre Almeida, economista da CM Capital, diz que grande parte dessa queda já foi incorporada, entretanto, os investidores seguem atentos à possibilidade de um comunicado ao fim do encontro mais 'dovish' e direto (como no último), podendo indicar que o colegiado deixa a porta aberta para mais cortes à frente.
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