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Economia

- Publicada em 09 de Junho de 2020 às 10:10

Indústria gaúcha repete recuo intenso e cai mais de 20% em abril, mostra IBGE

Queda mais expressiva no Estado foi sentida pela fabricação de veículos automotores

Queda mais expressiva no Estado foi sentida pela fabricação de veículos automotores


LUIZA PRADO/JC
Bruna Oliveira
A produção industrial gaúcha acentuou quedas em abril, registrando recuo de 21,0% ante março, quando as perdas já haviam sido de 19,6% em meio à pandemia do novo coronavírus - inicialmente, o dado divulgado pelo IBGE havia sido de 20,1%. Foi o resultado negativo mais intenso desde o início da série histórica. Ante abril de 2019, o tombo foi ainda maior: de -35,8%. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física, divulgados nesta terça-feira (9).
A produção industrial gaúcha acentuou quedas em abril, registrando recuo de 21,0% ante março, quando as perdas já haviam sido de 19,6% em meio à pandemia do novo coronavírus - inicialmente, o dado divulgado pelo IBGE havia sido de 20,1%. Foi o resultado negativo mais intenso desde o início da série histórica. Ante abril de 2019, o tombo foi ainda maior: de -35,8%. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física, divulgados nesta terça-feira (9).
A queda no RS foi mais intensa que a média nacional. No País, a indústria anotou perdas de 18,8% em abril, a maior queda da história, e de 27,2% ante abril do ano passado. O Estado acumula recuo de 13,2% no ano e de 3,6% em 12 meses.
O mau desempenho do Rio Grande do Sul em abril acompanhou a queda de outros 12 locais pesquisados pelo IBGE. Amazonas (-46,5%), Ceará (-33,9%), Região Nordeste (-29,0%), Paraná (-28,7%), Bahia (-24,7%), São Paulo (-23,2%) lideraram com os piores resultados do País no quarto mês do ano.
Por segmento, a queda mais expressiva no Estado foi sentida pela fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias, que recuou 83,2%. Metalurgia (-63,7%), preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (-60,4%) e fabricação de móveis (-55,9%) também tiveram recuos intensos. Somente a fabricação de alimentos registrou dado positivo, de 1,3%.
Os recordes negativos, porém, indicam que "o pior já passou", avalia o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), Gilberto Petry. O indicador calculado pela entidade também apontou queda histórica do setor. "No final de março, com a incerteza da pandemia, diversas indústrias optaram por férias coletivas, o que impactou fortemente a produção. Em maio, a atividade começou a ser reestabelecida, portanto devemos ter uma melhora na margem", afirmou o presidente.
Os bens duráveis, diretamente impactados pela queda nas indústrias moveleira e de automóveis, os bens de capital e as indústrias com atividade de exportação são os setores que mais preocupam pela crise em decorrência da pandemia, de acordo com a Fiergs. Dentre esses, o setor calçadista foi um dos mais afetados tanto pelo fechamento do comércio quanto pelas vendas ao exterior, que caíram 66% em maio de acordo com a Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados). 
"O segmento terá perdas irreparáveis, toda uma coleção de calçados e acessórios destinados às estações de verão no mercado externo e inverno no interno tiveram suas vendas comprometidas. O aumento nos estoques nas lojas pode afetar também a próxima coleção. Mesmo com a retomada do consumo, existem perdas que não se recuperam", avaliou Petry.
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