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Ensino

- Publicada em 07 de Junho de 2020 às 20:21

Intercambistas aguardam a abertura das fronteiras

Entidade que representa 80% das empresas no País já ensaia retomada e avalia estratégias

Entidade que representa 80% das empresas no País já ensaia retomada e avalia estratégias


/FREEPIK/DIVULGAÇÃO/JC
Apesar da expectativa do setor em restabelecer os elos da cadeia, a possibilidade de ocorrerem embarques de intercambistas brasileiros para o exterior ainda é indefinida. De acordo com o presidente da Associação Brasileira das Empresas Especialistas em Intercâmbio (Abrasseio), Guilherme Reischl, ainda assim, algumas agências já estão trabalhando para que as viagens ocorram logo que as fronteiras dos destinos internacionais forem liberadas. "Passado este primeiro momento de quarentena, as pessoas querem retomar suas vidas. Intercâmbio é estudo e faz parte da formação dos alunos", justifica.
Apesar da expectativa do setor em restabelecer os elos da cadeia, a possibilidade de ocorrerem embarques de intercambistas brasileiros para o exterior ainda é indefinida. De acordo com o presidente da Associação Brasileira das Empresas Especialistas em Intercâmbio (Abrasseio), Guilherme Reischl, ainda assim, algumas agências já estão trabalhando para que as viagens ocorram logo que as fronteiras dos destinos internacionais forem liberadas. "Passado este primeiro momento de quarentena, as pessoas querem retomar suas vidas. Intercâmbio é estudo e faz parte da formação dos alunos", justifica.
Na semana passada, a entidade promoveu um fórum internacional que reuniu empresas e autoridades locais de Brasil, Austrália, Nova Zelândia, Toronto (Canadá), Buenos Aires (Argentina), Los Angeles e Nova York (ambas nos EUA), para tratar da retomada do setor. Participaram do debate representantes de mais de 60 instituições, entre redes de agências, escolas do exterior, empresas de acomodação, seguradoras de viagens e órgãos governamentais. "Uma das preocupações das escolas de idioma é como será feita a acomodação dos alunos, por conta da capacidade dos espaços de convivência, que deverá ser 50% inferior, em média (dependendo da decisão de cada país) para que seja respeitado o protocolo de segurança."
De acordo com o dirigente da Abrasseio - que representa 80% das empresas do mercado brasileiro -, o movimento para repensar a retomada das atividades ocorreu para traçar possíveis cenários a partir deste mês. "Não se sabe ao certo quando as fronteiras serão reabertas, e quando os voos estarão disponíveis novamente, mas as empresas já estão em contato com os alunos para agilizarem os documentos necessários, como visto, e planejarem os embarques dentro do possível", afirma Reischl.
O diretor de atendimento da Egali Intercâmbio, Márcio Euzébio, aponta que, na empresa, há um grande volume de clientes nessa situação. "As pessoas estão esperando uma definição, tudo ainda é uma incógnita." Ainda assim, a agência já está providenciando os trâmites burocráticos possíveis e sondando os estudantes caso ocorra uma reabertura em setembro, emenda Euzébio. "Muitos brasileiros compraram intercâmbio na Irlanda, e, nesse destino, há previsão de abertura de aulas presenciais para daqui três meses", explica.
De acordo com Reischl, a pandemia também afetou a temporada de cerca de 9 mil estudantes que já estavam no exterior cumprindo o programa de intercâmbio e optaram por voltar antecipadamente para o Brasil. Outros, por conta da escassez de voos e fronteiras fechadas em países como Peru e Colômbia, ainda estão aguardando para retornar para casa.
"Esses casos nem são registrados nas agências, sabemos mais por conta do que saiu na imprensa", pondera. Segundo o dirigente da Abrasseio, os consumidores mais impactados foram os que investiram nos programas e estavam com embarque agendado para março e abril deste ano, mas tiveram que adiar a viagem. Somente o curso de intercâmbio, com duração de seis meses, custa, em média,
R$ 20 mil.

Investimento integra projetos de vida de muitos brasileiros

Primeiro semestre fecha com recuo de 45% no faturamento, diz Reischl

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/MAURÍCIO DIAS/DIVULGAÇÃO/JC
Professora de inglês do colégio Riachuelo, em Santa Maria, Denise Lopes lidera um grupo que embarcaria em julho deste ano, mas adiou a viagem para julho de 2021 em função da pandemia. "Tivemos todo o suporte da agência, e tudo foi definido muito rapidamente. Não pensamos em desistir", comenta a docente. O grupo deve partir para uma cidade no interior de Londres (Inglaterra) para cumprir uma temporada de três semanas em projeto de Summer school, uma imersão no Ensino Médio.
"O intercâmbio é parte da formação profissional e um investimento que integra o projeto de vida das pessoas, acredito que a maioria dificilmente vai desistir desse sonho", reforça Guilherme Reischl, presidente da Abrasseio. No ano passado, as novas redes de agências associadas à entidade foram responsáveis pela emissão de mais de 19 mil vistos de estudantes brasileiros. De acordo com a Abrasseio, o setor, que, há 15 anos, acumulava crescimento anual de 14%, teve uma queda de 45% de faturamento neste primeiro semestre de 2020.