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Economia

- Publicada em 05 de Junho de 2020 às 03:00

Maiores bancos dominam 81% do mercado brasileiro

A concentração bancária caiu levemente no ano passado, informou quinta-feira o Banco Central (BC), através do Relatório de Economia Bancária de 2019.
A concentração bancária caiu levemente no ano passado, informou quinta-feira o Banco Central (BC), através do Relatório de Economia Bancária de 2019.
Em 2019, os cinco maiores bancos do país - Banco do Brasil, Itaú Unibanco, Bradesco, Caixa Econômica Federal e Santander - detinham 81% dos ativos totais do segmento bancário comercial. No final de 2018, esse percentual era 81,2%.
Os cinco maiores bancos eram responsáveis por 83,4% dos depósitos no final do ano passado, contra 83,8%, em 2018. No caso do crédito, esse grupo respondeu por 83,7% do total das operações em 2019, contra 84,8% do ano anterior.
Segundo o relatório, houve redução das participações dos bancos públicos federais - Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
João Manoel Pinho de Mello, diretor de Organização do Sistema Financeiro e Resolução, afirma que a autarquia vai monitorar cada vez mais outros índices, como aqueles que atestam o nível de competição entre os bancos.
"É perfeitamente possível ter um sistema bancário razoavelmente concentrado e muito competitivo", informa. "É por isso que estamos olhando cada vez mais, estamos dando ênfase crescente aos indicadores de competição. Não deixando de lado a concentração, porque é um indicador importante", disse.
O Banco Central costuma defender que certas medidas devem produzir resultados para o aumento da competição. Entre elas, a implantação do chamado open banking (iniciativa que autoriza instituições financeiras a compartilharem entre si dados de clientes), que pode gerar tarifas mais baixas.
Os dados são apresentados em meio a críticas de empresários sobre a dificuldade de acessar crédito durante a pandemia do coronavírus. Levantamento do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) divulgada no mês passado aponta que 86% dos pequenos negócios que buscaram crédito na crise não conseguiram.
Em pesquisa junto a instituições financeiras sobre as condições de crédito, o Banco Central mostra que os bancos esperam crescimento de 2,8% no saldo do crédito para as grandes empresas este ano, representando uma recuperação da queda observada em 2019.
Antes da pandemia da covid-19, a primeira pesquisa, realizada entre 2 e 10 de março, indicava expansão de 5%. De acordo com o BC, a expectativa de expansão é decorrente da busca por liquidez por essas empresas e da escassez dos recursos externos.
No crédito para as micro, pequenas e médias empresas, a mediana (desconsiderando os extremos nas projeções) das expectativas é de crescimento de 5% (6,5% na primeira coleta), semelhante ao observado em 2019.
Segundo o relatório, é no crédito para pessoas físicas onde há queda significativa nas expectativas. A estimativa para o crescimento no saldo do crédito para consumo passou de 12% na primeira pesquisa para 6,2%, na segunda. No crédito habitacional, a expectativa é de queda no saldo de 0,3%, ante crescimento de 9% na primeira coleta do ano.
A expectativa da taxa de inadimplência é de 2,8% para grandes empresas, 4,9% para as micro, pequenas e médias empresas, 5,9% para consumo e 2,3% para crédito habitacional para pessoas físicas, neste ano.
A projeção do BC para a evolução do saldo de crédito bancário em 2020 passou dos 4,8%, divulgados na edição de março do Relatório de Inflação, para 7,6%. O Banco Central costuma divulgar a projeção para o crédito trimestralmente no Relatório de Inflação, mas devido à mudança de conjuntura causada pela pandemia de covid-19, optou por antecipar a projeção.
 
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