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Economia

- Publicada em 02 de Junho de 2020 às 12:05

Endividamento volta a subir em maio no RS, após nove meses de queda

Muitas famílias tiveram redução de renda em função da pandemia do novo coronavírus

Muitas famílias tiveram redução de renda em função da pandemia do novo coronavírus


MARCO QUINTANA/JC
As famílias gaúchas estão mais endividadas, segundo aponta a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) divulgada pela Fecomércio-RS nesta terça-feira (2). Depois de nove quedas consecutivas mensais, o percentual de famílias endividadas voltou a subir e registrou 61,0% ante 59,1% em abril, influenciado pelo grupo de famílias com renda menor que dez salários-mínimos (80,7% da amostra), que tiveram aumento de 61,7% em abril para 65,2% em maio. Os dados foram coletados nos últimos dez dias do mês passado e mostram os efeitos da pandemia do novo coronavírus.
As famílias gaúchas estão mais endividadas, segundo aponta a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) divulgada pela Fecomércio-RS nesta terça-feira (2). Depois de nove quedas consecutivas mensais, o percentual de famílias endividadas voltou a subir e registrou 61,0% ante 59,1% em abril, influenciado pelo grupo de famílias com renda menor que dez salários-mínimos (80,7% da amostra), que tiveram aumento de 61,7% em abril para 65,2% em maio. Os dados foram coletados nos últimos dez dias do mês passado e mostram os efeitos da pandemia do novo coronavírus.
Em um momento em que muitas famílias tiveram redução inesperada de renda, a utilização do crédito é a alternativa para manter momentaneamente o consumo corrente. Na PEIC-RS de maio, o cartão de crédito (tipo de dívida mais comum entre as famílias) teve novo avanço, sendo utilizado por 88,3% dos endividados. Para aqueles que já tinham acesso a esse meio, o resultado pode estar relacionado a um uso maior tanto para permitir a continuidade do consumo de bens básicos momentaneamente, quanto como forma pagamento compras online, sobretudo alimentos e refeições.
A pesquisa destacou também que, com a redução abrupta do consumo de bens e serviços diante do isolamento social, a parcela da renda direcionada a esses itens teve redução, movimento que pode ajudar a explicar a intensificação da queda da parcela de renda correspondente a dívidas, com o comprometimento médio da renda das famílias ficando em 21,0%, menor valor desde janeiro de 2014.
Embora o crédito seja uma alternativa para passar por esse momento, com muitas famílias renegociando e repactuando suas dívidas, a situação financeira para quitar as contas em aberto para uma parcela dos gaúchos tem ficado mais difícil com o impacto da crise sobre a renda e o emprego. A análise do aumento contido nos indicadores de inadimplência da PEIC-RS para todos os entrevistados, percentual de famílias com contas em atraso (27,5% ante 26,6% em abril) e percentual de famílias que não terão condições de pagar suas contas (13,5% ante 12,7% no mês anterior), revela movimentos diferentes entre os grupos de renda, com piora na inadimplência para famílias com renda inferior a dez salários-mínimos. Nesse grupo, 31,3% das famílias relataram estar com dívidas atrasadas (30,0% em abril) e 16,1% referiram não ter perspectiva de regularizar nenhuma parte de suas dívidas em atraso em 30 dias (14,6% em abril).
“A situação para famílias que se viram sem renda do dia para noite em março piorou em abril com o avanço da crise e ainda mais famílias passaram a enfrentar dificuldades. A evolução do quadro de inadimplência que veremos nos próximos meses vai depender do tempo de reação para sair da crise, que tende a ser tanto menor quanto mais efetivas forem as medidas de suporte à renda e ao emprego e quanto mais consistente for a volta gradual das atividades econômicas”, afirmou o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn.
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