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Economia

- Publicada em 29 de Maio de 2020 às 03:00

Venda de farinha de trigo duplica no varejo

Redução na compra de pão fora de casa não é novidade, mas se acelerou com a pandemia da Covid-19

Redução na compra de pão fora de casa não é novidade, mas se acelerou com a pandemia da Covid-19


/BIOTRIGO/DIVULGAÇÃO/JC
Adriana Lampert
Contando com quase 6 mil padarias em todo o Estado, os gaúchos parecem estar optando por fazer seu próprio pão, em casa, uma vez que o incremento na comercialização de farinhas dobrou nos supermercados. De acordo com a presidente do Sindicato das Indústrias de Panificação e Confeitaria e de Massas Alimentícias e Biscoitos do Rio Grande do Sul (Sindipan/RS), Carla Carnevali Gomes, a venda de pãozinho francês teve queda significativa no período, desde o início da pandemia de Covid-19 no País. "Ainda não temos os números precisos, pois estamos em levantamento de dados", pondera. A dirigente ressalta que a crise gerada pela disseminação do novo coronavírus prejudicou muito o setor. "Não só as vendas de pães e outros produtos sofreram baixa, mas também as empresas que tinham buffet e autosserviço de cafés e lanches ficaram muito prejudicadas", sinaliza Carla.

Contando com quase 6 mil padarias em todo o Estado, os gaúchos parecem estar optando por fazer seu próprio pão, em casa, uma vez que o incremento na comercialização de farinhas dobrou nos supermercados. De acordo com a presidente do Sindicato das Indústrias de Panificação e Confeitaria e de Massas Alimentícias e Biscoitos do Rio Grande do Sul (Sindipan/RS), Carla Carnevali Gomes, a venda de pãozinho francês teve queda significativa no período, desde o início da pandemia de Covid-19 no País. "Ainda não temos os números precisos, pois estamos em levantamento de dados", pondera. A dirigente ressalta que a crise gerada pela disseminação do novo coronavírus prejudicou muito o setor. "Não só as vendas de pães e outros produtos sofreram baixa, mas também as empresas que tinham buffet e autosserviço de cafés e lanches ficaram muito prejudicadas", sinaliza Carla.

Conforme o proprietário da Padaria Lahude, de Porto Alegre, Edson Luiz Carboni, "não é de hoje que vem diminuindo a venda de pães nas padarias. No entanto, com a pandemia, percebemos que agora a queda foi ainda maior". Segundo o empresário, no ano passado a demanda já estava em -6%. "Neste mês, a queda foi de 15% em relação a maio de 2019", compara.

"Tanto a farinha para pão caseiro como a farinha para bolo tiveram um aumento de aproximadamente 10% para os supermercados, e uma queda de aproximadamente 30% para as padarias", sinaliza o presidente do Sindicato do Trigo do Rio Grande do Sul, Diniz Furlan. Ele afirma que a alteração ocorreu justamente no período de isolamento social, iniciado em março.

Também o presidente da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), Antônio Longo, comenta que uma das mudanças de comportamento do consumidor que mais chamaram a atenção neste período de quarentena reflete-se justamente no setor de padaria e confeitaria dos supermercados.

Nestes estabelecimentos, enquanto as vendas de pães e bolos prontos caíram em média 10% após a chegada do novo coronavírus. "As pessoas estão cozinhando mais em casa, e o preparo de doces, pães caseiros e receitas especiais é um reflexo disso" avalia o dirigente.

"Percebemos um aumento nas vendas de farinha e fermento (tanto seco quanto biológico), principalmente no início do isolamento social, em que os clientes passaram a comprar mais produtos para produzir seus próprios pães em casa", concorda o superintendente de Varejo da UnidaSul (holding que administra o Supper Rissul), José Leandro Assis. Segundo Longo além da economia, a fabricação doméstica destes produtos é um passatempo para quem está em casa. "É uma adequação natural do mercado", observa o presidente da Agas.

Trabalhando durante todo o período de isolamento social, a proprietária da padaria Multipães, Maria da Conceição Denisiuk, comenta que, apesar de oferecerem um serviço essencial, a queda do movimento nas padarias foi mesmo "bem significativa". "Agora que o movimento está retornando ainda estamos com 70% dos resultados que tínhamos antes desta crise." Maria da Conceição acredita ainda que a consequente queda do consumo da farinha por conta das padarias junto aos moinhos de trigo se deu também pelo aumento do preço do produto. "A farinha está mais cara, e com o movimento baixo não há porque comprarmos o insumo no mesmo patamar de antes."

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