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Economia

- Publicada em 28 de Maio de 2020 às 12:52

Porto Alegre espera manter investimentos após a pandemia, afirma Marchezan

Prefeito da Capital participou de reunião virtual da Câmara Brasil-Alemanha

Prefeito da Capital participou de reunião virtual da Câmara Brasil-Alemanha


REPRODUÇÃO/JC
Marcelo Beledeli
A Câmara Brasil-Alemanha no Rio Grande do Sul recebeu, nesta quinta-feira (28), o prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior, em sua segunda reunião-almoço virtual. Na ocasião, o prefeito comentou sobre a retomada das atividades econômicas na Capital e o impacto causado pela pandemia de coronavírus na Capital gaúcha. Segundo Marchezan, a prefeitura deverá enfrentar dificuldades financeiras, mas pretende manter programas de investimento na cidade.
A Câmara Brasil-Alemanha no Rio Grande do Sul recebeu, nesta quinta-feira (28), o prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior, em sua segunda reunião-almoço virtual. Na ocasião, o prefeito comentou sobre a retomada das atividades econômicas na Capital e o impacto causado pela pandemia de coronavírus na Capital gaúcha. Segundo Marchezan, a prefeitura deverá enfrentar dificuldades financeiras, mas pretende manter programas de investimento na cidade.
De acordo com o prefeito, a decisão de liberar as atividades econômicas na cidade deve-se ao fato de que Porto Alegre já teria passado pelo pico de contaminação da doença, que teria ocorrido em torno de 10 de abril, quando havia 43 leitos de UTI ocupados por pacientes de covid-19 na cidade. Depois, o número reduziu-se gradativamente até chegar a 28 no dia 29 do mesmo mês.
No entanto, a tendência de queda foi revertida desde então, e hoje são 46 pessoas em leitos de UTI na Capital. “Esperamos caminhar para uma normalidade o mais rápido possível, mas existe a possiblidade de retornar a suspensão de atividades econômicas para conter uma nova contaminação acelerada”, destacou o chefe do Executivo municipal.
Segundo Marchezan, a crise social criada pela pandemia deverá afetar fortemente as contas da prefeitura, uma vez que a arrecadação deverá cair devido à redução das atividades econômicas, ao mesmo tempo em que mais despesas serão geradas para fazer frente às necessidades da população. “Hoje temos que ampliar ferramentas para alimentar pessoas. Antes queríamos investir para qualificar as pessoas para seu futuro. São decisões indesejadas, mas necessárias diante da necessidade de priorizar a preservação da vida”, destacou.
Entretanto, o prefeito destacou que, graças à autorização de financiamentos de instituições financeiras, a prefeitura conseguirá manter um plano de investimentos robusto para o período pós-pandemia. Entre as melhorias citadas estão a troca de todos os pontos de luz por lâmpadas LED, que deverá começar nos próximos meses, assim como obras nos abrigos de ônibus. “Vamos passar dificuldades mas vamos entregar ferramentas importares para termos uma cidade melhor do que estava antes da pandemia”, afirmou Marchezan.
O prefeito também defendeu que o País aproveite o período da pandemia para fazer mudanças no setor público que contribuam para a recuperação econômica após a crise. Marchezan afirmou que, nos próximos em dias, deverá ser apresentado um plano de reformas para a administração de Porto Alegre que deve possibilitar à prefeitura ter menos prejuízos. Entretanto, o chefe do Executivo criticou o que considera uma excessiva extremização das discussões políticas no País. “O debate nacional ficou polarizado e populista, e talvez percamos oportunidades para fazer reformas necessárias”, destacou.
O presidente da Câmara Brasil-Alemanha, Marcus Coester, também lamentou a dificuldade de gestão trazida pela polarização do debate político nacional. Coester defendeu que o setor público precisa aproveitar o momento de crise para ser ajustado, a fim de melhor servir à população. “As cidades que souberem se reinventar vão tirar proveito dessa situação e sair da crise melhor do que esperado”, afirmou.
Já o cônsul geral da Alemanha no Estado, Thomas Schmitt, elogiou as medidas tomadas pela prefeitura de Porto Alegre durante a pandemia, comparando-as com as decisões realizadas pelo governo alemão para o enfretamento da doença. Segundo Schmitt, os governantes precisam ter coragem para tomar decisões que são impopulares mas têm visão de futuro.
“Nossa chanceler, Angela Merkel, teve atitudes comparáveis com o Rio Grande do Sul e Porto Alegre, com decisões duras mas necessárias, que coincidiram com a maior crise econômica na Alemanha desde a Segunda Guerra Mundial. Mas hoje ela é mais popular do que antes, e os governantes conseguiram mostrar para a população os benefícios das medidas. Graças a esse trabalho, hoje a Alemanha possui menos mortes do que países vizinhos”, destacou o cônsul.
Schmitt afirmou que, embora talvez a Alemanha tenha que passar por uma segunda onda da doença, seria adotada a mesma estratégia de isolamento social realizada agora. “O governo alemão deverá ouvir os especialistas, cientistas, e me sinto bem em viver em uma cidade, um Estado, em que os políticos adotam estratégias parecidas”, disse.
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