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Trabalho

- Publicada em 27 de Maio de 2020 às 03:00

Governo libera mais verba, e custo do auxílio vai a R$ 152,6 bilhões

Cerca de 10 milhões de pessoas ainda aguardam aprovação do valor

Cerca de 10 milhões de pessoas ainda aguardam aprovação do valor


/JOÃO MATTOS/arquivo/JC
O governo autorizou, nesta terça-feira, a liberação de mais R$ 28,7 bilhões para bancar o auxílio emergencial de R$ 600. Com o novo repasse, o custo do programa já alcança R$ 152,6 bilhões. A assistência paga por três meses a trabalhadores informais foi liberada para quase 60 milhões de pessoas até o momento. O número de beneficiados é o triplo da projeção inicial apresentada pelo governo.
O governo autorizou, nesta terça-feira, a liberação de mais R$ 28,7 bilhões para bancar o auxílio emergencial de R$ 600. Com o novo repasse, o custo do programa já alcança R$ 152,6 bilhões. A assistência paga por três meses a trabalhadores informais foi liberada para quase 60 milhões de pessoas até o momento. O número de beneficiados é o triplo da projeção inicial apresentada pelo governo.
Em março, ao anunciar o programa, o Ministério da Economia informou que a medida beneficiaria entre 15 e 20 milhões de pessoas a um custo total de R$ 15 bilhões aos cofres públicos. As estimativas do governo foram aos poucos revisadas. Após a aprovação do auxílio pelo Congresso, a projeção foi ampliada para 54 milhões de pessoas e o custo foi a R$ 98 bilhões.
Em seguida, o governo percebeu que o valor não seria suficiente e liberou novo crédito para o programa, que passou para um montante de R$ 124 bilhões. Nesta terça, foi feita a nova liberação, totalizando R$ 152,6 bilhões. De acordo com a Caixa, os pagamentos feitos até agora da primeira parcela e parte da segunda parcela já somam R$ 70,8 bilhões.
Aproximadamente 10 milhões de pessoas ainda aguardam resposta do governo, que faz análise de dados para autorizar o benefício. Os cadastros para acessar o programa permanecerão abertos até julho. A tendência é que o número de beneficiados continue subindo. Até o momento, cálculos do Ministério da Cidadania apontam que o auxílio deve alcançar 70 milhões de pessoas.
No Congresso, parlamentares defendem a ampliação do número de parcelas do benefício. A ideia é combatida pela equipe econômica. O ministro da Economia, Paulo Guedes, é contra a ampliação por causa do custo elevado da assistência, mas já admite uma extensão de um ou dois meses, em valor inferior, de R$ 200,00 por parcela.

Relator da MP do salário-mínimo descarta haver ganho real

O relator da medida provisória 919, que fixou o valor do salário-mínimo em R$ 1.045,00 para 2020, deputado Coronel Armando (PSL-SC), não acatou em seu texto propostas de aumento real para o piso salarial. "Para esse ano não tem condições. Nesse momento temos de preservar emprego", disse Armando, referindo-se à crise econômica provocada pela pandemia.
A medida deve ser votada pela Câmara no período da tarde. É o segundo item da pauta. Armando não acatou nenhuma das 44 emendas apresentadas à MP e isso deve gerar polêmica no plenário. 
"Eu enviei a cada parlamentar o relatório explicando porque não estava aceitando", disse o deputado que faz parte da base do governo de Jair Bolsonaro na Câmara.
Entre as emendas não aceitas, havia uma do presidente do Solidariedade, deputado Paulo Pereira da Silva (SP), o Paulinho da Força, que pretendia garantir aumento real ao piso nacional já este ano.