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Gastronomia

- Publicada em 26 de Maio de 2020 às 22:20

Programa quer recuperar restaurantes e bares

Movimento tem sido baixo em estabelecimentos que reabriram

Movimento tem sido baixo em estabelecimentos que reabriram


/LUIZA PRADO/JC
Iniciativa do Sebrae-RS, em parceria com a regional da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-RS) e com o Sindicato de Hospedagem e Alimentação de Porto Alegre e Região (Sindha), o Programa Emergencial de Recuperação Empresarial foi lançado nesta terça-feira, durante uma live, que teve início às 16h.
Iniciativa do Sebrae-RS, em parceria com a regional da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-RS) e com o Sindicato de Hospedagem e Alimentação de Porto Alegre e Região (Sindha), o Programa Emergencial de Recuperação Empresarial foi lançado nesta terça-feira, durante uma live, que teve início às 16h.
Contando com inscrições esgotadas, o evento online foi o pontapé inicial para uma série de consultorias e encontros semanais, que ocorrerão a partir da seleção de micro e pequenas empresas do segmento, que foi um dos mais afetados pela crise da pandemia do coronavírus.
De acordo com o especialista na área de competitividade setorial do Sebrae Roger Klafke, a instituição disponibilizará pessoal para acompanhamento das equipes das empresas de maio a outubro deste ano. As inscrições podem ser feitas até a próxima sexta-feira (29 de maio). Com foco na sobrevivência de negócios de alimentação fora do lar, a ação emergencial irá contemplar até 100 empresas de micro e pequeno porte.
"Serão consideradas aptas a participar aquelas cujo proprietário disponibilize de tempo para participar semanalmente das reuniões online de grupo e também da consultoria individual", comenta Klafke. Haverá também encontros semanais online com profissionais do ramo convidados pela instituição, ou pelas entidades parceiras, com orientações sobre temas pertinentes ao setor, como adequação de layout diante das exigências de segurança sanitária, delivery e crédito, entre outros.
A etapa do processo que contemplará caso a caso inicia com 12 horas de conversas focadas em gestão da crise (com análise do impacto econômico da pandemia na empresa, e o auxilio na tomada de decisões). "Depois, ainda é possível um desdobramento de outras 12 horas de consultoria para a área de finanças ou oito horas para pensar em modelagem de cada negócio", explica o técnico do Sebrae.
"Ficamos 60 dias fechados, muitos só com delivery. E apesar de termos retornado na quarta-feira passada, a situação está bem complicada - com movimento muito baixo", comenta a presidente da Abrasel-RS, Maria Fernanda Tartoni. "Os clientes não estão indo e as contas dos estabelecimentos estão maiores, pois tivemos que fazer reposição de estoques e tirar pessoas da suspensão de contrato (passando a pagar os salários), o que gerou aumento de custos."
Em vista disso, os bares e restaurantes da Capital amargam 80% de queda nas vendas, desde a reabertura dos estabelecimentos, quando comparado com períodos anteriores. Algumas optaram por não abrir as portas, outras encerraram definitivamente as atividades (segundo a Abrasel-RS, 4% dos negócios fecharam no início do mês). Já as empresas que voltaram a funcionar estão faturando em média o equivalente a 20% do que faturavam antes da pandemia, afirma o vice-presidente do Sindha, Sandro Zanette. "O prejuízo é maior do que manter os negócios fechados, pois com o retorno das atividades - operando em apenas com 50% da capacidade para cumprir o decreto - fica caro chamar todos os funcionários, para pagar aluguel, e comprar insumos", explana.
"Vamos ajudar a identificar o que é mais crítico neste momento e as medidas que precisam ser tomadas", afirma a gestora de projetos do Sebrae-RS Jociane Ongaratto. Ela reforça que o programa (que será todo online) irá oferecer consultorias para gerenciamento de crise e para fluxo de caixa ou modelagem de negócios, considerando as características peculiares. "A ideia é mostrar como analisar o fluxo de caixa nestes novos tempos e também como reinventar a operação, pois o consumidor mudou e as empresas precisam adaptar suas operações diante desse novo cenário."

Garantir a segurança de clientes e funcionários será um dos desafios

Exemplo de negócio que deve passar por mudanças é o sistema de buffet, afirma a presidente da Abrasel-RS, Maria Fernanda Tartori. "Self service não pode mais, talvez uma saída seja um funcionário servir os clientes, que ficarão distantes do balcão", observa.
Além de rever estratégias de atuação, avaliar insumos, buscar fornecedores mais baratos e renegociar dívidas, um dos desafios do segmento será garantir a segurança dos clientes e funcionários dos locais, reforça Maria Fernanda Tartoni.
"Queremos encontrar um equilíbrio entre a saúde financeira das empresas e a saúde da população. Teremos que cumprir as regras de higiene (que será redobrada e com maior constância) e de distanciamento, que são baseadas em estudos e têm bastante fundamento", adianta a dirigente.