A pandemia do novo coronavírus já reflete na intensão de consumo de famílias gaúchas. Em abril, o índice calculado pela Fecomércio-RS e divulgado nesta sexta-feira (15) teve queda de 8,1% em relação a março. Foi a maior retração desde julho de 2016, deixando o indicador com 91,2 pontos, no campo pessimista.
Frente a abril do ano passado, o recuo foi de -0,9%. Com exceção do acesso ao crédito, os demais componentes tiveram baixas expressivas, como a perspectiva de consumo (-20,8%) e de momento para consumo de bens duráveis (-18,7%). Também ficou ainda mais pessimista a avaliação quanto ao consumo atual, após retração de 8,3%.
Diante do novo cenário, as perspectivas de quanto consumir nos próximos meses e do que comprar se ajustou ao tamanho da incerteza que foi imposta pela pandemia, resultando em famílias mais cautelosas sobre suas decisões de gastos", comentou o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn, em nota.
Em relação ao mercado de trabalho, as quedas na margem foram menores: em relação à situação da renda (97,2 pontos), houve recuo de 5,4%, enquanto a situação do emprego caiu menos, 3,8% e se manteve em patamar otimista com 109,9 pontos.