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Economia

- Publicada em 15 de Maio de 2020 às 03:00

Roberto Azevêdo deixa diretoria-geral da OMC um ano antes do fim do mandato

Embaixador brasileiro alegou motivos particulares para a decisão

Embaixador brasileiro alegou motivos particulares para a decisão


MARCELO CAMARGO/MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL/JC
O diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Roberto Azevêdo, confirmou, em reunião virtual com membros da entidade, que deixará o cargo em 31 de agosto de 2020, um ano antes do previsto. O brasileiro disse que a decisão visa dar mais tempo para que o órgão escolha seu sucessor, sem que o processo dispute atenção com os preparativos para a 12º Reunião Ministerial, que acontecerá em 2021.
O diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Roberto Azevêdo, confirmou, em reunião virtual com membros da entidade, que deixará o cargo em 31 de agosto de 2020, um ano antes do previsto. O brasileiro disse que a decisão visa dar mais tempo para que o órgão escolha seu sucessor, sem que o processo dispute atenção com os preparativos para a 12º Reunião Ministerial, que acontecerá em 2021.
"Essa é uma decisão pessoal, familiar, e estou convencido de que ela serve os melhores interesses desta Organização", afirmou ele, esclarecendo que não tem nenhum problema de saúde nem pretende obter ganhos políticos com isso.
Pelas regras da instituição, a escolha do novo diretor-geral começaria em dezembro e provavelmente dominaria o primeiro trimestre de 2021, de acordo com Azevêdo. "Esse calendário prejudicaria claramente o trabalho preparatório para o MC12, independentemente de ser realizado no verão do Hemisfério Norte ou no final do ano", destacou.
O diretor-geral defendeu que o órgão continue a trabalhar nas reformas, em meio à paralisia provocada por críticas de vários países, sobretudo os Estados Unidos. "Sabemos que a OMC não pode ficar paralisada enquanto o mundo a sua volta muda profundamente. Garantir que a OMC continue a responder às necessidades e prioridades dos membros é um imperativo, não uma opção", salientou. O líder da OMC também ressaltou que a reunião do Conselho Geral, marcada para esta sexta-feira, não será sobre sua renúncia.
A OMC, que tem o objetivo de determinar regras globais de comércio, não produziu nenhum grande acordo internacional desde que abandonou a "Rodada de Doha" em 2015.
Seus membros estão negociando um acordo para reduzir subsídios à pesca buscando permitir uma retomada dos estoques de peixe, enquanto um grupo menor está discutindo um possível acordo sobre e-commerce. Entretanto, persistem importantes diferenças, e os grupos estão longe de um consenso, necessário para fechar ambos os acordos.
Alguns membros, destacadamente os EUA, Japão e União Europeia, pressionam por reformas mais fundamentais. Eles dizem que as regras comerciais globais precisam refletir novas realidades, como uma China mais forte, e lidar com problemas como subsídios estatais e transferências forçadas de tecnologia.
 
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