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Economia

- Publicada em 14 de Maio de 2020 às 03:00

OCDE vê colapso sem precedentes nas principais economias

Na China, onde a contenção foi flexibilizada, já há sinais positivos

Na China, onde a contenção foi flexibilizada, já há sinais positivos


/STR/AFP/JC
Abril foi um mês de colapso sem precedentes nas perspectivas de crescimento de nove entre 11 das principais economias do mundo, segundo o indicador CLI divulgado pela OCDE (organização que reúne 37 dos principais países do mundo). Segundo a entidade, as medidas de quarentena, necessárias para conter a pandemia do novo coronavírus, continuaram a ter um impacto severo na produção, no consumo e na confiança de consumidores e investidores. O CLI é um indicador composto que projeta pontos de virada nos ciclos de negócios.
Abril foi um mês de colapso sem precedentes nas perspectivas de crescimento de nove entre 11 das principais economias do mundo, segundo o indicador CLI divulgado pela OCDE (organização que reúne 37 dos principais países do mundo). Segundo a entidade, as medidas de quarentena, necessárias para conter a pandemia do novo coronavírus, continuaram a ter um impacto severo na produção, no consumo e na confiança de consumidores e investidores. O CLI é um indicador composto que projeta pontos de virada nos ciclos de negócios.
Na comparação com o índice de abril de 2019, a Rússia teve a maior queda, de 9,17%, seguida pelo Reino Unido, com 7,93%, e o Brasil, com 7,82%, uma tendência de queda muito superior à revelada pelo índice de março para o país, de 1,26%. A tendência é de redução severa na atividade também no Canadá, no Japão, na França, na Alemanha, na Itália e nos EUA, e o indicador aponta queda também para a Índia.
Na China, no entanto, onde as medidas de contenção já foram flexibilizadas, o setor industrial aponta para uma mudança positiva - a OCDE ressalva, porém, que as informações atualmente disponíveis para o mês de abril na China são parciais.
O CLI mostra movimentos de curto prazo em relação a seu potencial de longo prazo, ou seja, uma queda no indicador não é uma medida do grau de contração do PIB, mas uma indicação da força com que os países entraram nessa fase de contração.
Como medida de comparação, a organização diz que o sinal é mais forte agora do que era na época da crise financeira de 2008. A organização ressalva que, desde o mês passado, é preciso ponderar a interpretação do CLI (e de indicadores futuros em geral), por dois motivos. O primeiro é que ainda há incerteza sobre a duração das quarentenas, o que reduz muito a capacidade de o indicador prever movimentos futuros nos ciclos de negócios.
Além disso, o CLI não consegue antecipar o fim da desaceleração, também porque não está clara a severidade e a duração das restrições impostas. O indicador começará a recuperar sua capacidade de prever quando empresas e consumidores começarem a se adaptar às novas realidades.
Segundo a OCDE, para melhorar a capacidade de previsão, será fundamental que os governos comecem a formular e comunicar estratégias de longo prazo, além das medidas imediatas iniciais que eles tiveram que impor. Nesta quarta-feira, a OCDE divulgou também uma alta na taxa de desemprego dos países que a compõem, de 5,2%, em fevereiro, para 5,6%, em março. "Os dados iniciais de abril sinalizam um aumento sem precedentes", afirmou a organização.
O número de desempregados na área da OCDE, que agora inclui a Colômbia, aumentou em 2,1 milhões, para um total de 37 milhões em março. O aumento foi particularmente acentuado entre mulheres e jovens de 15 a 24 anos: subiu 1,0 ponto percentual, para 12,2%.
O desemprego feminino aumentou 0,5 ponto percentual (para 5,8%), em comparação com um aumento de 0,3 ponto percentual para os homens (para 5,3%).
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