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Economia

- Publicada em 12 de Maio de 2020 às 03:00

Empresas de grande porte tomaram metade dos novos empréstimos

Itaú estendeu ainda prazo para as dívidas a pessoas físicas e jurídicas

Itaú estendeu ainda prazo para as dívidas a pessoas físicas e jurídicas


MARIANA CARLESSO/arquivo/JC
As grandes empresas tomaram metade do valor total dos novos empréstimos desde a chegada do novo coronavírus no Brasil. No início da crise, elas pegaram linhas de crédito pré-aprovadas ao fazer caixa. O movimento se manteve, e as companhias continuaram com a maior fatia. De 16 de março - quando as medidas de restrição começaram a endurecer - a 30 de abril, as instituições financeiras concederam R$ 367,6 bilhões em novos empréstimos. Os dados foram divulgados pela Febraban (Federação Brasileira de Bancos) nesta segunda-feira.
As grandes empresas tomaram metade do valor total dos novos empréstimos desde a chegada do novo coronavírus no Brasil. No início da crise, elas pegaram linhas de crédito pré-aprovadas ao fazer caixa. O movimento se manteve, e as companhias continuaram com a maior fatia. De 16 de março - quando as medidas de restrição começaram a endurecer - a 30 de abril, as instituições financeiras concederam R$ 367,6 bilhões em novos empréstimos. Os dados foram divulgados pela Febraban (Federação Brasileira de Bancos) nesta segunda-feira.
Deste total, 54,9% foram para as grandes empresas e apenas 20,8% para pequenas e médias. Novas linhas para famílias representaram 24,3%. Passado o período inicial da crise, de 17 a 30 de abril, R$ 152 bilhões em novos empréstimos foram concedidos. As maiores companhias continuaram com a maior parcela. Destes, 51% foram empréstimos para grandes empresas e 20,15% para pequenas e médias. As famílias representaram 28,8%.
De acordo com a Febraban, entre março e abril, as concessões para empresas aumentaram 75,5% em relação ao mesmo período do ano passado, considerando a média diária de dias úteis.
A entidade atribui a elevação ao expressivo aumento na demanda por crédito por parte de empresas que vinham se financiando pelo mercado de capitais. Por conta de incertezas no cenário econômico e volatilidade dos mercados, as companhias reduziram as operações no mercado de capitais e cancelaram linhas de financiamento externo.
Os dados da Febraban mostram também que os bancos prorrogaram R$ 40,8 bilhões em parcelas de empréstimos durante a pandemia do novo coronavírus. Foram renegociados 7,4 milhões de contratos no período.
A entidade não abriu os dados para pessoas físicas e jurídicas, mas estima que, entre as parcelas prorrogadas, R$ 27,2 bilhões tenham sido para famílias e R$ 13,6 bilhões para empresas.
Os saldo devedor total dos contratos renegociados é de R$ 425 bilhões. Até 17 de abril, 3,8 milhões de contratos tinham sido renegociados. Em três semanas, o valor dobrou. O total de parcelas adiadas era de R$ 22,2 bilhões. Apenas famílias e empresas que estão com o contrato em dia podem pedir a prorrogação.
Desde o início da crise gerada pela Covid-19 no Brasil, os bancos passaram a oferecer carência de 60 dias para as dívidas existentes, suportados por medidas do Banco Central. Mais recentemente, diante da extensão e gravidade do cenário, essas instituições começaram a ampliar esse prazo. O Itaú Unibanco estendeu a carência de 60 dias para 120 dias no caso da pessoa física e 180 dias na jurídica. O rival Bradesco também prepara anúncio para breve no intuito de ampliar a carência de dívidas durante a crise.
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