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Economia

- Publicada em 12 de Maio de 2020 às 03:00

Setor da proteína animal busca saída para interdições em frigoríficos

Representantes do setor da proteína animal, do Ministério Público e deputados gaúchos realizaram uma videoconferência, nesta segunda-feira, a fim de buscar uma solução para a retomada das atividades nas unidades frigoríficas interditadas em Lajeado (BRF e Minuano) e Passo Fundo (JBS/Seara) devido a casos de coronavírus.
Representantes do setor da proteína animal, do Ministério Público e deputados gaúchos realizaram uma videoconferência, nesta segunda-feira, a fim de buscar uma solução para a retomada das atividades nas unidades frigoríficas interditadas em Lajeado (BRF e Minuano) e Passo Fundo (JBS/Seara) devido a casos de coronavírus.
No encontro, a Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), o Sindicato das Indústrias Produtoras de Suínos (Sips) e a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) apresentaram dados sobre a dimensão do problema causado ao setor. Juntas, as três unidades interditadas geram 7,3 mil empregos diretos e possuem 1.458 produtores integrados. Os frigoríficos fechados nas duas cidades são responsáveis pelo abate de 238 milhões de aves por ano (28% do total no Estado) e de 972 mil suínos/ano (12% do volume anual gaúcho). Diariamente, são abatidas 880 mil aves (em Passo Fundo e Lajeado) e 3,7 mil suínos (na BRF de Lajeado).
De acordo com as entidades, a interrupção dos abates poderá gerar sérios danos ao meio ambiente e desrespeito às regras de bem-estar animal. O volume de animais a serem sacrificados sanitariamente é muito elevado, e haverá dificuldades de local para destino dessas aves e suínos. O procurador-geral de Justiça, Fabiano Dallazen, afirmou que está ciente das dificuldades do funcionamento do setor com a suspensão das atividades dos frigoríficos, mas que essa nunca foi a intenção da atuação dos promotores. Ele informou que o Ministério Público está há 30 dias conversando com as empresas em busca de protocolos de funcionamento, mas que as medidas são insuficientes frente ao crescente número de casos nas cidades afetadas. "Para avançar, teremos que construir um acordo com as secretarias estaduais da Saúde e da Agricultura. Agora, não tem como não ser feita uma redução de funcionários, de turnos de trabalho e de produção", declarou Dallazen, complementando que a retomada integral das atividades não está no horizonte no momento.
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