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Economia

- Publicada em 10 de Maio de 2020 às 20:40

Taurus transfere linha de produção para os EUA

Fábrica quer contornar a crise e reforçar presença internacional

Fábrica quer contornar a crise e reforçar presença internacional


/JOÃO MATTOS/ARQUIVO/JC
Roberta Mello
A Taurus, uma das principais fabricantes de armas leves do mundo, está transferindo uma das linhas de produção da pistola TS9-Striker da sua matriz em São Leopoldo (RS), no Brasil, para a sua unidade na cidade de Bainbridge, nos Estados Unidos. A Taurus reforça que continuará fabricando no Brasil 4,3 mil armas por dia, com todo o portfólio atual, inclusive as pistolas TS9-Striker e G2C.
A Taurus, uma das principais fabricantes de armas leves do mundo, está transferindo uma das linhas de produção da pistola TS9-Striker da sua matriz em São Leopoldo (RS), no Brasil, para a sua unidade na cidade de Bainbridge, nos Estados Unidos. A Taurus reforça que continuará fabricando no Brasil 4,3 mil armas por dia, com todo o portfólio atual, inclusive as pistolas TS9-Striker e G2C.
A Taurus afirma, através da sua assessoria de imprensa, que "não haverá demissões" na planta gaúcha. O valor de produção transferido para o exterior refere-se a um aumento de produção que poderia ter acontecido no Estado. Assim, a empresa deixa de gerar novos empregos no Brasil.
Essa é a primeira linha de montagem transferida pela empresa para a sede americana, após o investimento feito pelo governo da Geórgia na subsidiária. A operação aumentará a capacidade de produção da fábrica norte-americana da Taurus em cerca de 50 mil armas/ano em uma linha de produção.
Em 90 dias, a Taurus também irá transferir para os Estados Unidos uma linha de produção da pistola G2C - a mais vendida no mundo e preferida dos americanos -, com capacidade de fabricação de 100 armas/hora ou aproximadamente 400 mil armas/ano, em dois turnos. As mudanças ocorrem a partir de uma decisão estratégica da empresa de aumentar o processo de manufatura na nova fábrica cedida pelo governo da Geórgia nos Estados Unidos. O objetivo é aproveitar a alta demanda do mercado norte-americano, considerado um dos maiores e mais exigentes do setor de armas no mundo.
Outro fator, segundo o presidente da Taurus, Salesio Nuhs, é a limitação de investimentos para aumento da capacidade produtiva no Brasil, em razão da falta de incentivos nacionais e de isonomia tributária e regulatória frente às fabricantes estrangeiras. Conforme a Taurus, o produto importado, quando adquirido por entidades públicas de qualquer natureza, ingressa no Brasil sem imposto algum. Ao passo que o produto nacional paga uma carga elevada de impostos (IPI, ICMS, PIS e Cofins) que representam até 70% do preço.
Além disso, para poder comercializar um novo produto, as fabricantes de armas nacionais precisam atender a exigências locais dos órgãos regulatórios que inviabilizam a competitividade das empresas. O processo de homologação de um novo produto pode demorar anos em virtude da fila de espera nesses órgãos, ao passo que o produto importado não precisa se submeter ao processo regulatório, como acontece atualmente. "Exportar para o Brasil, infelizmente, em virtude da falta de isonomia, passou a ser um negócio atrativo", diz a empresa, em nota.
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