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Agronegócio

- Publicada em 07 de Maio de 2020 às 13:09

Governo gaúcho comprará 100 novos veículos para reforçar inspetorias veterinárias

Medidas pretendem mudar status do Rio Grande do Sul para Estado livre de aftosa sem vacinação em 2021

Medidas pretendem mudar status do Rio Grande do Sul para Estado livre de aftosa sem vacinação em 2021


THAIS D'AVILA/IMPRENSA FUNDESA/
O governo do Estado lançará nos próximos dias editais para a compra de 100 veículos e contratação de 150 auxiliares administrativos para reforçar o trabalho de fiscalização sanitária animal no Rio Grande do Sul. Com investimento total de cerca de R$ 12 milhões, a meta é reforçar as estruturas das inspetorias veterinárias e obter aprovação do Ministério da Agricultura (Mapa) para retirar a vacina contra aftosa ainda em 2020.
O governo do Estado lançará nos próximos dias editais para a compra de 100 veículos e contratação de 150 auxiliares administrativos para reforçar o trabalho de fiscalização sanitária animal no Rio Grande do Sul. Com investimento total de cerca de R$ 12 milhões, a meta é reforçar as estruturas das inspetorias veterinárias e obter aprovação do Ministério da Agricultura (Mapa) para retirar a vacina contra aftosa ainda em 2020.
Com recursos já assegurados para isso, de acordo com o secretário da Agricultura, Covatti Filho, as aquisições e contratações correm contra o tempo. Isso porque em agosto uma visita técnica do Ministério da Agricultura vai averiguar se o Estado adotou e implantou o plano com 18 medidas necessárias para que o Estado possa deixar de vacinar contra a doença ainda neste ano.
“Os veículo irão para as inspetorias veterinárias no Interior do Estado, assim como os 150 auxiliares administrativos terceirizados. São eles que passarão a fazer atendimentos ao público e o trabalho burocrático nas inspetorias, liberando fiscais agropecuários para irem a campo”, explica Covatti.
Com mais veículos e pessoas, a secretaria assegura que o governo terá condições de, em no máximo 36 horas, chegar a qualquer uma das 416 mil propriedades rurais do Estado, coletar material para análise (em caso de suspeita da doença) e ter o laudo. Assim como rapidamente isolar o local, impedindo ligações com fazendas vizinhas e animais de outros pecuaristas, ressalta o diretor do Departamento de Defesa Agropecuária (DDA), Antônio Carlos Ferreira Neto.
“No ano passado tivemos cerca de cem suspeitas de febre aftosa no Estado, todas com resultado negativo. Neste ano, na Sexta-feira Santa, registramos uma nova suspeita. Coletamos o material, analisamos e descartamos a possibilidade em 36 horas”, relata Ferreira Neto.
Para que possa mudar o status sanitário juntamente com o Paraná, o que deve ocorrer em maio de 2021, o Rio Grande do Sul deve ter a aprovação do Mapa de que o plano de ação acordado no início deste ano foi realmente executado. Assim, o Rio Grande do Sul poderá seguir juntamente com o Paraná na busca pela aprovação da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) do novo status sanitário. A pauta do encontro de 2021 será definida em outubro.

Ganhos viriam de novos mercados e maior valor agregado

Vender ate mesmo carne com osso para Estados Unidos, Japão e China é uma das possibilidades

Vender ate mesmo carne com osso para Estados Unidos, Japão e China é uma das possibilidades


DIPOA SEAPDR/DIVULGAÇÃO/JC
Investir na retirada da vacina economizar para os pecuaristas gaúchos próximo de R$ 250 milhões em todo o processo de vacinação dos 12 milhões de bovídeos que formam o rebanho do Estado, de acordo com o governo. Mas os lucros maiores, e em curto espaço de tempo, viram mesmo mais exportações. Seriam cerca de R$ 600 milhões em um ano apenas no setor de carne suína, que teriam melhores preços e novos países como mercados consumidores, destaca o secretário da Agricultura, Covatti Filho.
Entre os países que abriram as portas às carnes gaúchas em geral estariam Japão, Estados Unidos, Filipinas, México e Canadá. Parte deles inclusive já prospectando negócios com o Rio Grande do Sul, diz Covatti. No caso da China, já a maior importadora, os ganhos viram com a permissão de exportar também carnes com osso.
Apesar de também cobiçarem esses novos mercados, pecuaristas temem, por exemplo, que um foco da doença leve à matança de milhares de bovinos no Estado, como já ocorreu no início dos anos 2000. Hoje, a previsão da secretaria é de indenizar essas possíveis perdas, mas os valores comerciais ficariam muito distantes do mercado quando a perda for de animais de alta genética. Covatti assegura, no entanto, que também esta em estudo uma tabela de indenização específica esses animais de elite.