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Economia

- Publicada em 07 de Maio de 2020 às 03:00

Prefeitos defendem planejamento para enfrentar crise

Prefeitos lembraram que a pandemia irá causar uma crise forte nos municípios

Prefeitos lembraram que a pandemia irá causar uma crise forte nos municípios


FEDERASUL/DIVULGAÇÃO/JC
Os prefeitos de Lajeado, Marcelo Caumo; e de Bento Gonçalves, Guilherme Pasin - dois dos municípios com mais casos confirmados de coronavírus no Rio Grande do Sul, e onde o número de infectados vem apresentando crescimento -, defenderam organização para enfrentar momentos de crise, bem como o aumento dos testes da população para conhecer a real situação da expansão da doença no Estado. Os prefeitos, que participaram, nesta quarta-feira, do encontro Tá na Mesa Virtual, da Federasul, lembraram que a pandemia irá causar uma crise forte nos municípios.
Os prefeitos de Lajeado, Marcelo Caumo; e de Bento Gonçalves, Guilherme Pasin - dois dos municípios com mais casos confirmados de coronavírus no Rio Grande do Sul, e onde o número de infectados vem apresentando crescimento -, defenderam organização para enfrentar momentos de crise, bem como o aumento dos testes da população para conhecer a real situação da expansão da doença no Estado. Os prefeitos, que participaram, nesta quarta-feira, do encontro Tá na Mesa Virtual, da Federasul, lembraram que a pandemia irá causar uma crise forte nos municípios.
Em Lajeado, até terça-feira, havia 157 casos confirmados e sete mortos, segundo a Secretaria Estadual da Saúde (SES). Parte das infecções são relacionadas aos trabalhadores de dois frigoríficos do município, Minuano e BRF, que empregam, juntos, 4 mil funcionários. Segundo o prefeito, se contados os empregos indiretos ligados aos dois frigoríficos, 10% da população de 80 mil habitantes depende das duas indústrias. "Entretanto, não os consideramos culpados, pois tiveram uma pró-atividade grande. Cada um deles afastou cerca de 600 funcionários por serem de grupo de risco ou apresentarem quadro viral", destacou Caumo.
O prefeito afirmou que Lajeado vinha em uma constante linha de crescimento de sua arrecadação desde 2016. Em 2019, o município recolheu mais de R$ 345 milhões em tributos, registrando um superávit de R$ 25 milhões. "Dificilmente iremos superar essa marca. O ano de 2020 tinha tudo para ser positivo, mas a pandemia abreviou projetos", destacou.
Bento Gonçalves possui 93 casos confirmados e três mortos, segundo a SES. O prefeito Guilherme Pasin defende a testagem em massa da população, para saber a real expansão do vírus, mesmo que isso signifique que o município piore no ranking de casos. "Queremos o aumento massivo de testes, pois isso vai nos mostrar a realidade da situação. Nada é mais libertador do que conhecer a verdade", afirmou.
Por meio de parceria com o setor privado, Bento Gonçalves montou uma estrutura de 40 leitos de isolamento, que podem ser duplicados, além de 30 UTIs, e também obteve 75 respiradores artificiais. Atualmente, 60% dos leitos da cidade estão ocupados. De acordo com dados da Secretaria Municipal de Saúde de Bento Gonçalves, no mesmo período, em anos anteriores, a utilização passava de 90%.
Questionados pela presidente da Federasul, Simone Leite, sobre ações que visam minimizar os impactos da crise na economia regional, os prefeitos destacaram a prorrogação e o escalonamento de impostos municipais, a flexibilização da burocratização da máquina pública, as ações de educação social e a conscientização de estabelecimentos comerciais a instalarem recursos de sanitização. Ambos descartaram qualquer movimento que possa causar o parcelamento de salários e a desassistência dos serviços públicos essenciais.
Em relação ao cenário nacional, os prefeitos defenderam a retomada de pautas como as reformas administrativa e tributária, com aumento dos repasses aos municípios. No entanto, os administradores temem que as prefeituras terão que arcar com gastos que os governos federal e estadual deixarem de fazer. "Estado e União não podem abrir mão de receitas agora, então diversas contas vão acabar sobrando para os municípios", afirma Caumo.
Já Pasin acredita que os governos deverão de "desideologizar" e passar a destinar mais recursos para a reconstrução econômica da sociedade, especialmente em nível local.
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