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Economia

- Publicada em 30 de Abril de 2020 às 03:00

Socorro aos estados pode chegar a R$ 130 bilhões

Ministro diz que costura acordo com o presidente do Senado

Ministro diz que costura acordo com o presidente do Senado


/WILSON DIAS/AGÊNCIA BRASIL/JC
O ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu nesta quarta-feira que o acordo com o Senado para enviar R$ 130 bilhões para o socorro aos estados e municípios está próximo de ser concluído. Ele disse que o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, compreendeu a necessidade de estabelecer uma contrapartida de estados e municípios para receber os recursos da União, no projeto de lei.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu nesta quarta-feira que o acordo com o Senado para enviar R$ 130 bilhões para o socorro aos estados e municípios está próximo de ser concluído. Ele disse que o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, compreendeu a necessidade de estabelecer uma contrapartida de estados e municípios para receber os recursos da União, no projeto de lei.
A contrapartida é que não haverá aumento de salários de servidores por 18 meses. "Se nós mandamos R$ 120 bilhões, R$ 130 bilhões, extraordinariamente, em alta velocidade, para estados e municípios, esse dinheiro não pode virar aumento de salário. Se não estaríamos nos disfarçando sob o manto de uma crise para fazer um excesso eleitoral, para gastarmos, para fazermos aumento no funcionalismo no meio de uma crise extraordinária, em que milhões de brasileiros estão perdendo emprego", avaliou Guedes, em uma transmissão pela internet, organizada pelo setor varejista.
Ele disse que "estão excetuados" dessa vedação de aumento de salários "médicos, enfermeiros" e profissionais da área de saúde em geral. Segundo técnicos do Ministério da Economia, será possível criar uma gratificação temporária para esses trabalhadores, desde que esteja limitada ao período da calamidade e vinculada a ações de combate à covid-19.
O ministro também relatou que esteve em reunião com o presidente Jair Bolsonaro e foi discutido o plano de privatizações do governo. Segundo o ministro, o secretário especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados, Salim Mattar, mostrou que o Brasil tem ativos imobiliários (propriedades) que superam o valor de R$ 1 trilhão, além de R$ 900 bilhões em empresas estatais. "Temos uma dívida de R$ 4 trilhões e quase R$ 2 trilhões em ativos. Se acelerarmos as privatizações e a venda de imóveis, também podemos reduzir a dívida", contou.
Guedes afirmou ainda que é preciso ter mais competição no "andar de cima" da economia, citando bancos e empreiteiras. "Há milhões de pequenos empreendedores competindo e criando prosperidade, criando emprego e trazendo a saúde financeira para a população brasileira. Queremos que, no andar de cima, também aconteça essa competição", afirmou.
Para o ministro, com mais competição e consequentemente mais produtividade, os salários dos trabalhadores vão subir e será possível "criar um mercado de consumo de massa". "Já foi ensaiado [criar um mercado consumidor de massa] duas ou três vezes, mas não teve sustentação, porque não foi ensaiado em cima da produtividade, da acumulação de capital, dos impostos mais baixos, da maior geração de emprego. Ele foi sempre ensaiado só jogando um chuveirinho de dinheiro para o mais pobre", argumentou.
"Não queremos dar chuveirinho de dinheiro. Já demos FGTS [Fundo de Garantia do Tempo de Serviço] duas vezes, agora demos o auxílio emergencial", acrescentou. Segundo ele, essas medidas ajudam, mas somente o aumento de produtividade será eficiente. "Essa é a verdadeira proteção para com o trabalhador brasileiro", disse.
No evento, o ministro disse que a liberação de compulsórios - recursos que os bancos são obrigados a deixar depositados no Banco Central - foi usada pelos bancos para negociar com as maiores empresas. "Soltamos primeiro o crédito, liberando compulsórios e esperando a maré de liquidez subir. Mas os bancos, em um momento de crise, pensam primeiro no depositante do que nos tomadores de crédito. Conservadoramente, eles retiveram essa liquidez e renegociaram o crédito de seus melhores clientes, que são as maiores empresas", afirmou.
Para as pequenas e médias empresas, Guedes disse que foi lançada a linha de financiamento da folha de pagamentos. E para as microempresas, ele citou o projeto de lei que vai permitir aos bancos darem empréstimos de valor correspondente a até 30% de sua receita bruta. De acordo com ele, esse crédito deve chegar a R$ 16 bilhões, beneficiando 3,5 milhões de micro e pequenas empresas.
 
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