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Economia

- Publicada em 22 de Abril de 2020 às 03:00

Coronavírus atinge confiança do industrial gaúcho

Empresários do setor não visualizam melhora da atividade nos próximos seis meses, segundo a Fiergs

Empresários do setor não visualizam melhora da atividade nos próximos seis meses, segundo a Fiergs


/CLAITON DORNELLES/ARQUIVO/JC
A crise provocada pelo coronavírus gera os primeiros grandes impactos negativos no Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei-RS), divulgado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs). A pesquisa de abril revela um recuo de 28,3 pontos relativamente a março, de 61 para 32,7 pontos. A intensidade da queda e o patamar da confiança em abril são inéditos desde o início da série histórica, em janeiro de 2010. As duas maiores baixas haviam ocorrido em fevereiro de 2015 (-7,1 pontos) e em junho de 2018 (-6,2), respectivamente, no início da maior recessão da economia brasileira e na crise dos caminhoneiros.
A crise provocada pelo coronavírus gera os primeiros grandes impactos negativos no Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei-RS), divulgado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs). A pesquisa de abril revela um recuo de 28,3 pontos relativamente a março, de 61 para 32,7 pontos. A intensidade da queda e o patamar da confiança em abril são inéditos desde o início da série histórica, em janeiro de 2010. As duas maiores baixas haviam ocorrido em fevereiro de 2015 (-7,1 pontos) e em junho de 2018 (-6,2), respectivamente, no início da maior recessão da economia brasileira e na crise dos caminhoneiros.
"Os primeiros sinais do impacto da pandemia já haviam sido notados em março, mas a perspectiva cada vez mais real de uma recessão profunda provocada pelo isolamento social e pela paralisação da produção acabou com qualquer resquício de otimismo, levando o pessimismo da indústria gaúcha a níveis nunca antes alcançados", afirma o presidente da Fiergs, Gilberto Petry. Em uma escala que vai de 0 a 100, valores abaixo da linha divisória dos 50 pontos mostram falta de confiança.
Na avaliação dos empresários, sobre as condições atuais o índice caiu de 55,9 pontos, em março, para 33,6 em abril. Desde julho de 2019, os empresários gaúchos não percebiam piora nos negócios, e, desde maio de 2016, não era tão intensa. O mesmo impacto grande sofreu o índice que avalia a economia brasileira: queda de 55,4 para 30,8 pontos. Entre março e abril, a parcela de empresários gaúchos que percebem piora nesse índice subiu de 16,1% para 66% (em fevereiro eram 4,9%). As condições das empresas também se deterioraram, com o índice caindo de 56,1 para 35,1 pontos.
O empresário industrial gaúcho não prevê uma melhora na situação para os próximos seis meses, segundo o Icei-RS de abril. O recuo do indicador de expectativas foi recorde, de 63,6 para 32,3 pontos, voltando à região de pessimismo (abaixo de 50) pela primeira vez desde maio de 2016, um patamar inédito. De todos os indicadores, o que mais caiu foi a expectativa com a economia brasileira: -34,4 pontos em relação a março, atingindo 26,8 em abril. Apenas 5,4% dos empresários gaúchos se mostram otimistas com o futuro da economia brasileira. Eram 52,5%, em março, e 76%, em fevereiro.
"O panorama descrito pelos resultados do Icei é de um novo ciclo recessivo, cuja intensidade dependerá, a despeito dos programas de apoio do governo, de quanto tempo durarem as medidas restritivas e de como serão os planos de retomada da atividade, que já deveria ter sido ampliada no Rio Grande do Sul", reforça o presidente da Fiergs.
O pessimismo com o futuro da economia brasileira entre os empresários alcançou 78,4% em abril. As expectativas com as próprias empresas também sofreram um forte choque, com o indicador caindo de 64,8 para 35,1 pontos.
 
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