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Economia

- Publicada em 19 de Abril de 2020 às 23:18

Sindilojas espera abertura das lojas para o Dia das Mães

Paulo Kruse reforça importância da medida para o varejo da Capital

Paulo Kruse reforça importância da medida para o varejo da Capital


/SINDILOJAS/DIVULGAÇÃO/JC
Adriana Lampert
Nesta quarta-feira, dia 22, entidades representativas de lojistas da Capital devem se reunir com o prefeito Nelson Marchezan Júnior para solicitar a flexibilização do comércio por nove dias (de 2 a 10 de maio). "Nossa expectativa é de que lojistas de diversos segmentos de presentes possam garantir as vendas para o Dia das Mães", explica o presidente do Sindilojas-POA, Paulo Kruse, justificando que a data é a segunda mais importante para o varejo, perdendo somente para o Natal. Os lojistas veem uma abertura de possibilidade após o último decreto do governo do Estado, que mantém restrições ao setor até o dia 30 de abril na Região Metropolitana de Porto Alegre (onde há maior incidência de casos da pandemia de Covid-19), mas deixa a decisão a cargo dos municípios que não estão nessas regiões. Nesta entrevista, o dirigente fala um pouco da situação atual do setor e pincela quais as perspectivas a curto prazo.
Nesta quarta-feira, dia 22, entidades representativas de lojistas da Capital devem se reunir com o prefeito Nelson Marchezan Júnior para solicitar a flexibilização do comércio por nove dias (de 2 a 10 de maio). "Nossa expectativa é de que lojistas de diversos segmentos de presentes possam garantir as vendas para o Dia das Mães", explica o presidente do Sindilojas-POA, Paulo Kruse, justificando que a data é a segunda mais importante para o varejo, perdendo somente para o Natal. Os lojistas veem uma abertura de possibilidade após o último decreto do governo do Estado, que mantém restrições ao setor até o dia 30 de abril na Região Metropolitana de Porto Alegre (onde há maior incidência de casos da pandemia de Covid-19), mas deixa a decisão a cargo dos municípios que não estão nessas regiões. Nesta entrevista, o dirigente fala um pouco da situação atual do setor e pincela quais as perspectivas a curto prazo.
Jornal do Comércio - Se a flexibilização para o comércio na Capital for efetivada, como os lojistas pretendem respeitar as regras sanitárias para atender o público?
Paulo Kruse - Possivelmente, havendo flexibilização, acreditamos que o prefeito irá decretar o uso de máscaras em qualquer lugar da cidade - o que inclui o comércio. Isso faz parte do nosso protocolo de abertura, com todos os cuidados, no qual diz o tamanho da loja, quantas pessoas podem entrar, estabelece o uso de máscaras para todos, além da disponibilização de álcool em gel para clientes, uso de luvas e limpeza e esterilização constantes do ambiente. Também deverá ser mantida distância mínima de dois a três metros entre as pessoas, que será controlada pelos lojistas. Em empresas menores, a recomendação é de que seja atendido um cliente por vez.
JC - Atualmente, ainda se vê muita gente resistindo ao uso de máscaras, ou não tendo acesso a elas. Qual será o procedimento, caso um cliente queira entrar em uma loja sem máscara?
Kruse - O procedimento é que lojas disponibilizem máscaras para todos.
JC - Nesse caso, as empresas precisam comprar máscaras - item que está escasso no mercado. Qual o plano? Fabricação própria entre algumas com capacidade para isso?
Kruse - A fabricação está aumentando em vista da pandemia. Muitas indústrias do Rio Grande do Sul estão fazendo máscaras. Há também o projeto da marca Moda Alegre, que montou uma oficina com 70 costureiras fabricando máscaras para fornecer a lojistas. Uma empresa que já se prontificou a comprar dessa marca é a Rabusch. É uma forma também de garantir o sustento dessas costureiras, que moram em bairros carentes da cidade.
JC - Quais as perspectivas no que se refere à flexibilização das restrições?
Kruse - Temos conversado sobre a possibilidade de liberar o comércio de segmentos com produtos que podem ser vendidos como presentes de Dia das Mães, nossa segunda data mais importante, depois do Natal. Com a chegada do inverno, seria importante incluir nesse pacote a abertura de lojas de vestuário infantil, visto que, de um ano para o outro, as crianças crescem rápido. Isso é um problema que precisa ser resolvido. Alguns supermercados até vendem roupas infantis, mas deixar de fora o segmento especializado é injusto.
JC - Nesse sentido, seria bom que as empresas estivessem mais bem preparadas para o e-commerce?
Kruse - Sim. Antes da pandemia, o Sindilojas até criou uma plataforma, o Market Place, para fomentar esse canal junto aos associados, mas a adesão foi muito baixa e não sei se agora teria alcance para atender a todos, se a demanda aumentasse em proporção extraordinária. Na época, ninguém imaginava o que estava por vir, e, como o empresariado ainda não tem essa cultura digital, não tivemos sucesso. Mas, a partir de agora, essa deve ser uma preocupação natural dos varejistas.
JC - Qual a queda nas vendas do varejo desde que foi decretado o fechamento de lojas em Porto Alegre?
Kruse - Até o momento, os segmentos de roupas e de calçados foram os que obtiveram maior queda, de 81%. Os outros 19% representam as vendas ocorridas pela internet (e-commerce e redes sociais). Muitas lojas apostaram em vender os produtos pelo Instagram e pelo Facebook, com os próprios empresários realizando as entregas. A queda no setor em si foi violenta e acarretará, sem dúvidas, pesados prejuízos para o comércio e a economia, uma vez que cairá também a arrecadação dos governos. Agora, se for flexibilizada a abertura do comércio pelo menos por um período, esperamos também que as pessoas mudem seus hábitos. Teve uma loja que fez uma promoção relâmpago em Bagé e as pessoas não tomaram nenhum cuidado. Isso mostra que muita gente não está se mantendo informada e não tem consciência dos cuidados para evitar que se contamine ou que contamine a sua família e as outras pessoas.
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