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Economia

- Publicada em 17 de Abril de 2020 às 11:01

Bom humor externo garante retomada do Ibovespa apesar de quadro político incômodo

Às 11h02min, o Ibovespa subia 2,05%, aos 79.410 pontos

Às 11h02min, o Ibovespa subia 2,05%, aos 79.410 pontos


ROBERTO CASIMIRO/FOTOARENA/FOLHAPRESS/JC
Agência Estado
O Ibovespa abriu o pregão em alta e tenta caminhar para encerrar a segunda semana consecutiva com valorização. Os ganhos nas bolsas europeias e nos EUA são sustentados por sinais de que os Estados Unidos estariam se preparando para retomar as atividades após o isolamento social por causa pela pandemia de coronavírus. Informações de que um novo medicamento contra a doença estaria tendo êxito também reforça o otimismo, que ainda ganha respaldo de uma queda menos intensa (-6,8%) que a esperada (-8,3%) do Produto Interno Bruto (PIB) chinês no primeiro trimestre. Porém, a instabilidade política segue no radar do investidor.
O Ibovespa abriu o pregão em alta e tenta caminhar para encerrar a segunda semana consecutiva com valorização. Os ganhos nas bolsas europeias e nos EUA são sustentados por sinais de que os Estados Unidos estariam se preparando para retomar as atividades após o isolamento social por causa pela pandemia de coronavírus. Informações de que um novo medicamento contra a doença estaria tendo êxito também reforça o otimismo, que ainda ganha respaldo de uma queda menos intensa (-6,8%) que a esperada (-8,3%) do Produto Interno Bruto (PIB) chinês no primeiro trimestre. Porém, a instabilidade política segue no radar do investidor.
Às 11h02min, o Ibovespa subia 2,05%, aos 79.410 pontos. Até o momento, acumula alta de 2,28% na semana. Dos 73 papéis da carteira do índice, apenas cinco cedia, com destaque para Equatorial ON, que cedia 0,65%.
Mas o mercado acionário local deve acompanhar os internacionais, diz Luiz Roberto Monteiro, operador da mesa institucional da Renascença DTVM. Conforme ele, a questão política deve ficar em segundo plano, mas "não que deixará de ser acompanhada."
Após a demissão de Luiz Henrique Mandetta do Ministério da Saúde e o anúncio do oncologista Nelson Teich como novo titular da pasta, ontem, o presidente Jair Bolsonaro atacou o presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Em seguida, deputados de centro, direita e esquerda se solidarizaram com Maia.
Talvez, avalia a economista-chefe da Veedha Investimentos, Camila Abdelmalack, essa instabilidade nem atrapalhe o desempenho do mercado acionário no curto prazo, mas acaba por afetar a curva de juros. No entanto, gera desconfiança no investidor dada a incerteza que esse desconforto político poderá gerar nas contas públicas e nas empresas.
Com a alta das bolsas externas e por ser o último dia da semana, Camila acredita que o bom humor internacional deve prevalecer e impulsionar o Ibovespa.
A despeito de o presidente dos EUA, Donald Trump, não ter definido uma data para a reabertura do país e do aumento de casos e de mortes por lá, a economista explica que o mercado tenta se apoiar nas notícias positivas. "Está sem referência, vai buscando no cotidiano algo para se apoiar. Nem sempre conseguimos entender o movimento dos mercados, mas, como caiu bastante, muitos setores tentam uma recomposição", avalia.
Porém, volta a ponderar que a instabilidade política pode ser um problema ainda maior no futuro do que a pandemia em si. Ela lembra que o DEM, partido ao qual o ex-ministro Mandetta é filiado, também é o mesmo dos representantes da Câmara (Rodrigo Maia) e do Senado (Davi Alcolumbre). "Pode se criar um problema estrutural à frente, limitador para a economia, para as empresas. Parece que temos um jogo político", avalia.
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