Os brasileiros estão incertos sobre a duração da crise provocada pelo avanço do coronavírus, mas a maioria prevê que sua renda diminuirá com a paralisação da economia nos próximos meses, segundo pesquisa realizada pelo Datafolha. De acordo com o instituto, 79% das pessoas preveem que a economia brasileira será muito afetada pela propagação da doença. Outros 16% acham que ela será pouco afetada, e somente 3% dizem que ela não será prejudicada.
A paralisia da atividade econômica, o isolamento da população e outras medidas restritivas necessárias para combater o vírus tendem a deprimir a demanda por bens e serviços no mundo inteiro, reduzindo a renda e o consumo, e freando investimentos das empresas.
De acordo com o Datafolha, 50% dos brasileiros preveem que a crise terá efeitos prolongados e 44% acham que os prejuízos econômicos se esgotarão em pouco tempo. As mulheres (53%) estão mais pessimistas do que os homens.
A insegurança é maior entre as camadas mais pobres da população. De acordo com a pesquisa, 32% dos que têm renda familiar mensal de até dois salários-mínimos (R$ 2.090,00) preveem que sofrerão prejuízos causados pela crise por muito tempo, e 41% acham que os efeitos serão passageiros.
Entre os mais ricos, com renda familiar mensal superior a 10 salários-mínimos (R$ 10.450,00), somente 19% têm a expectativa de prejuízos prolongados.