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Economia

- Publicada em 22 de Março de 2020 às 16:37

"Manter ritmo de certificações e fiscalizações agropecuárias é nossa prioridade"

Helena é auditora fiscal agropecuária e está na pasta desde 2002

Helena é auditora fiscal agropecuária e está na pasta desde 2002


Arquivo Pessoal/Divulgação/JC
Thiago Copetti
Engenharia agronômica e também formada em análise de sistemas, Helena Pan Rugeri é a nova superintendente do Ministério da Agricultura no Rio Grande do Sul desde a última semana. Natural de Sarandi, no Norte do Estado, é auditora fiscal federal agropecuária do Ministério desde 2002 e, até o último dia 19 respondia pela chefia do Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal da pasta no Estado.
Engenharia agronômica e também formada em análise de sistemas, Helena Pan Rugeri é a nova superintendente do Ministério da Agricultura no Rio Grande do Sul desde a última semana. Natural de Sarandi, no Norte do Estado, é auditora fiscal federal agropecuária do Ministério desde 2002 e, até o último dia 19 respondia pela chefia do Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal da pasta no Estado.
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Desde que foi nomeada para comandar a superintendência do ministério no Estado, conta Helena, em entrevista ao Jornal do Comércio, a agenda foi dominada por temas relativos ao coronavírus e o trabalho da pasta no Rio Grande do Sul. O que inclui a preparação do órgão para não deixar de emitir certificações, como em linhas de produção de carnes, por exemplo, ou de fiscalizações, que podem ser serem prejudicadas pelo avanço da doença e da consequente redução de pessoal na linha de frente destes trabalhos.
 “A primeira reunião de trabalho já foi para montarmos uma linha sucessória, para mim e para os outros gestores, caso faltarmos em razão de um contágio”, conta Helena.
No setor privado, trabalhou nas áreas de cooperativismo e de assistência técnica e, no poder público, atuou como secretária de agricultura substituta do município de Constantina por sete anos, onde se dedicou especialmente à adoção de políticas públicas para desenvolvimento da agricultura familiar e associativismo. A engenheira agronômica destaca entre suas ações, por exemplo, a implementação do programa Banco da Terra na Fundação Regional Integrada do Alto Uruguai.
Jornal do Comércio - A senhora assumiu em meio a um cenário turbulento, em razão do Covid-19, mas dentro deste cenário, o que é possível falar sobre as prioridades que a senhora tem para esse primeiro ano no comando da superintendência?
Helena Pan Rugeri, superintendente do Ministério da Agricultura no Rio Grande do Sul - Falar sobre as prioridades, principalmente neste momento, é algo muito difícil. Quando fui intimada pelos colegas a aceitar a indicação para ocupar o cargo de superintendente, já sabia por outros ex-superintendentes, sempre dizia que não temos, no cargo, com prever as ações que você vai ter que tomar quando sentar na cadeira. Só quem está neste lugar sabe. Além de trabalhar em equipe e de todas as previsões legais. A prioridade é fazer com que a superintendência cumpra seu papel da melhor maneira e com agilidade possível. Algo que eu já fazia nos meu cargo anterior. Mas como assumi com toda essa problemática do coronavírus, a primeira ação após a posse (dia 19 de março) foi fazer uma reunião sobre o tema, definir um grupo de WhattsApp para fazer a gestão dos problemas e colocar todas as dúvidas que já existem e que ainda vão surgir, novas situações e orientações que virão de Brasília para que possamos discutir em conjunto. Também já criamos uma linha sucessória com quatro pessoas, caso algo aconteça e eu tenha de ausentar em razão.
JC - Se ausentar em razão de contaminação pelo Covid-19?
Helena - Sim, pela situação da doença. Ou seja, minha primeira medida e o que tem mais me demandada desde o primeiro minuto de posse é o coronavírus. Estamos com todo o foco neste sentido e de orientação às empresas e poder atender o setor remotamente. Isso vai alterar a forma que temos de operar com a intenção de não deixar atrasar ou faltarem serviços que o setor produtivo precisa e que depende de nós.
JC - Que tipo de serviços a senhora se refere e o que as empresas estão demandando ou podem demandar mais?
Por enquanto está tudo andando normalmente, mas as pessoas estão mais nervosas e com receio de que falte algum tipo de resposta que precise vir do Ministério da Agricultura, como certificações, no caso das carnes, por exemplo, e inspeções nas fronteiras. Isso, hoje, está normalizado, e vamos atuando conforme as questões vão surgindo. Pessoas com mais de 60 anos, por exemplo, foram afastadas e substituídas. Há um remanejamento de atividades. E também estamos pensando em como fazer operações mais simplificadas em razão dessa situação de emergência. Manter ritmo de certificações e fiscalizações agropecuárias é nossa prioridade.
JC - E como ficam dois temas bastante importantes para o Estado, ainda que ofuscados um pouco nos últimos dias pelas questões relativas ao coronavírus: os dados da estiagem e a tentaria de retirada da vacina contra a aftosa no Estado?
Helena - Desde 2002, sempre no serviço de inspeção de produtos de origem vegetal. Venho da área de fiscalização e defesa sanitária. A questão da estiagem é um ponto mais político, do qual eu agora vou me interar de muitas outras áreas, conhecer melhor, apoiar e dar o encaminhamento necessário. Da mesma forma a aftosa não é área com a qual eu trabalhei até diretamente. Mas sei que o antigo superintendente, o Bernardo Todeschini, e os colegas tiveram um trabalho muito competente nessa área. Então, a prioridade é dar continuidade a tudo isso. E o que posso dizer é que as equipes técnicas do Rio Grande do Sul são muito boas, em todas as áreas, o que me tranquilizou para aceitar esse cargo, intimada pelos colegas.
JC - A senhora resistiu um pouco antes de aceitar essa posição? Porque a senhora comenta, brincando, que foi intimada pelos colegas.
Helena - É que eu tinha um trabalho muito forte na área de inspeção vegetal, fazia parte do grupo de revisão de normas em Brasília, alteramos, atualizamos e aceleramos muito o trabalho no setor. Então, há dois anos na chefia do serviço vegetal, e desde que Bernardo foi aprovado no cargo de adido agrícola, entre outubro e novembro de 2019, ele vinha buscando nomes entre as chefias solicitando um nome para que tivesse continuidade do trabalho dentro da própria gestão, e pensando na manutenção dos próprios servidores, o que é algo muito importante para a continuidade de alguns trabalhos. O grupo chegou à conclusão que eu tinha bastante condições e me estimulou. Mas não foi fácil aceitar sair de uma área que há 20 anos eu conheço e atuo, para assumir a superintendência.
JC - O fator de assumir com esse respaldo de colegas, de servidores, facilita a interlocução e o trabalho, não?
Helena - Temos hoje muitos processos eletrônicos, de controles e de ações em que se acaba adquirindo uma linguagem, como em questões financeiras, por exemplo, que alguém de fora levaria um tempo a mais para assimilar, aprender como funciona. E às vezes não concorda, ainda que seja uma estrutura que funcione ao longo dos anos. Mas é uma estrutura que não depende de uma questão de concordância, ela funciona e tem de ser operada da melhor forma possível, goste-se ou não. Aqui, somos referência nacional não apenas nas partes técnicas, mas também na administrativa. Essa equipe, que pretendo que siga comigo, facilita o nosso trabalho de gestão.
JC - Algum conselho específico que o seu antecessor tenha lhe passado e que hoje se mostrem mais necessário, útil ou relevante?
Tivemos uma pequena transição, porque há muitas questões que eu desconheço ainda, e que precisam ter continuidade. A questão da continuidade do que está sendo feito é muito importante para nós.
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