A Confederação Nacional dos Trabalhadores Assalariados e Assalariadas Rurais (Contar), Federações e Sindicatos de Assalariados e Assalariadas Rurais de todo o País divulgaram, na sexta-feira, nota de repúdio contra "as tentativas do Ministério da Economia de encontrar soluções para adequar as atividades econômicas aos problemas advindos da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) sem quaisquer participações das entidades sindicais".
Na nota assinada pelo presidente Gabriel Bezerra Santos e pelo secretário-geral Adão da Cruz, a entidade se posiciona contrária a medidas que visem à manutenção dos empregos, mas pontua que a redução da jornada e de salário precisam ser feitas dando garantias mínimas aos trabalhadores de que, após o período de redução, ele não seja despedido. "Entendemos que a utilização antecipada de parte do seguro-desemprego pode ajudar o trabalhador a superar a vulnerabilidade imediata, todavia, no longo prazo, é um recurso que poderá fazer falta, principalmente se não houver garantia de que as medidas assegurarão manutenção do emprego ao longo do ano", diz a nota.
A Contar reforça, ainda, que a única forma de minimizar riscos e proteger efetivamente o trabalhador é "assegurar a participação das entidades sindicais nas negociações, inclusive para impedir que o único ponto de pauta seja a redução de salário e jornada, mas que se negocie medidas preventivas para que não haja contaminação de trabalhadores pela Covid-19".