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Conjuntura

- Publicada em 18 de Março de 2020 às 18:37

Copom reduz Selic para 3,75% ao ano

Este é o sexto corte consecutivo da taxa básica da economia no atual ciclo

Este é o sexto corte consecutivo da taxa básica da economia no atual ciclo


MARCELLO CASAL JR/AGÊNCIA BRASIL/JC
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu, por unanimidade, reduzir a Selic (a taxa básica da economia) em 3,75% ponto porcentual, de 4,25%. Este é o sexto corte consecutivo da taxa no atual ciclo, após período de 16 meses de estabilidade. Com isso, a Selic está agora em um novo piso da série histórica do Copom, iniciada em junho de 1996.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu, por unanimidade, reduzir a Selic (a taxa básica da economia) em 3,75% ponto porcentual, de 4,25%. Este é o sexto corte consecutivo da taxa no atual ciclo, após período de 16 meses de estabilidade. Com isso, a Selic está agora em um novo piso da série histórica do Copom, iniciada em junho de 1996.
Desde o início do atual ciclo, o Copom havia aplicado quatro reduções de 0,50 ponto porcentual e uma de 0,25 ponto porcentual, na reunião passada. Agora, voltou a cortar em 0,5 ponto porcentual.

Decisão de corte foi unânime

O agravamento da crise global decorrente da pandemia do novo coronavírus levou diversos bancos centrais do mundo a intensificar o afrouxamento das condições monetárias em economias centrais desde o último fim de semana. Com isso, boa parte do mercado passou a defender um corte de maior magnitude nos juros também no Brasil.
Em levantamento realizado na segunda-feira (16), das 26 instituições consultadas pelo Projeções Broadcast, 16 estimaram corte de 0,5 ponto porcentual na taxa básica de juros, o que levaria a taxa a 3,75% imediatamente. Outras cinco estimaram corte de 1,0 ponto porcentual, enquanto duas projetaram queda de 0,75 pp e outras três, de apenas 0,25 pp - nenhuma casa esperava manutenção da Selic em 4,25%.
Ao justificar o corte de hoje, o BC avaliou que essa decisão reflete seu cenário básico e "um balanço de riscos de variância maior do que a usual" para a inflação prospectiva. Segundo o Copom, o corte para 3,75% a.a. é compatível com a convergência da inflação para a meta no horizonte relevante, que inclui o ano-calendário 2020 e, principalmente, de 2021.
No documento, o BC também atualizou suas projeções para a inflação. No cenário de referência - que utiliza projeções para câmbio constante a R$ 4,75 e juros estáveis em 4,25% ao ano -, o BC alterou sua projeção para o IPCA em 2020 de 3,5% para 3,0%. No caso de 2021, a expectativa passou de 3,8% para 3,6%.