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Economia

- Publicada em 13 de Março de 2020 às 18:51

Dólar sobe 3,9% na semana e fecha em novo recorde histórico por coronavírus

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou "emergência nacional"

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou "emergência nacional"


FREEPIK/REPRODUÇÃO/JC
Agência Estado
Os ativos brasileiros tiveram melhora nesta sexta-feira (13), mas não o real. O dólar teve o terceiro dia seguido de alta, acumulando valorização de 3,94% na semana por conta da tensão causada mundialmente pela pandemia do coronavírus. Foi a pior semana desde o início de novembro do ano passado, quando houve a frustração com o leilão do pré-sal. Desde que a crise gerada pela disseminação do coronavírus se intensificou, no final de fevereiro, o Banco Central já injetou quase US$ 18 bilhões no mercado de câmbio, por meio de diversos instrumentos.
Os ativos brasileiros tiveram melhora nesta sexta-feira (13), mas não o real. O dólar teve o terceiro dia seguido de alta, acumulando valorização de 3,94% na semana por conta da tensão causada mundialmente pela pandemia do coronavírus. Foi a pior semana desde o início de novembro do ano passado, quando houve a frustração com o leilão do pré-sal. Desde que a crise gerada pela disseminação do coronavírus se intensificou, no final de fevereiro, o Banco Central já injetou quase US$ 18 bilhões no mercado de câmbio, por meio de diversos instrumentos.
No final da tarde desta sexta-feira, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou "emergência nacional" no país e o dólar foi às máximas do dia, a R$ 4,88, com o real acompanhando outras divisas emergentes, que perderam valor em meio ao fortalecimento do dólar. No mercado à vista, o dólar terminou a sexta-feira em novo nível recorde, a R$ 4,8163. No ano, acumula alta de 20% no Brasil, o segundo pior desempenho em uma cesta de 34 moedas, atrás apenas da Colômbia, onde sobe 22%.
Em sessão marcada por volatilidade, o dólar chegou a cair pela manhã e no começo da tarde, batendo na mínima de R$ 4,64, mas o movimento perdeu força perto do fechamento. O responsável pela área de câmbio da Terra Investimentos, Vanei Nagen, ressalta que além das declarações de Trump sobre a emergência nacional, que fortaleceram o dólar mundialmente, a tradicional "cautela antes do final de semana" ajudou a pressionar o câmbio no final da tarde, especialmente em meio ao noticiário negativo sobre o coronavírus. Para ele, apesar do clima de pânico no mercado, a atuação do BC hoje e nos últimos dias tem ajudado a conter uma disparada ainda maior do dólar e fazer o real andar em linha com outras moedas emergentes.
O Banco Central injetou US$ 2 bilhões hoje por meio de leilão de linha (venda de dólar no mercado à vista com compromisso de recompra). Desde 27 de fevereiro, foram injetados US$ 17,8 bilhões em vendas quase diárias de swap cambial (venda de dólar no mercado futuro), ou dólar à vista ou leilão linha. Desse total, US$ 10 bilhões foram somente esta semana, marcada pelo dólar batendo em R$ 5,00.
O estrategista em Nova York do banco Natixis para América Latina, Benito Berber, acredita que o BC vai prosseguir com esta estratégia, especialmente se houver problemas de liquidez. Para Berber, o BC deve cortar os juros na semana que vem para 4%, mas não se pode descartar que a taxa básica, a Selic, caia abaixo deste nível, fator que pode pressionar o câmbio, pois deixa o Brasil ainda menos atrativo para estrangeiros. Ele não prevê o dólar abaixo de R$ 4,00 nos próximos 18 meses.
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