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Economia

- Publicada em 12 de Março de 2020 às 18:34

B3 fecha em queda de 14,78% e tem perda de 25,93% na semana

B3 acumulou perda de mais de 25 mil pontos ao longo de apenas quatro sessões

B3 acumulou perda de mais de 25 mil pontos ao longo de apenas quatro sessões


SUAMY BEYDOUN /AGIF/FOLHAPRESS/JC
Agência Estado
A atipicidade parece se normalizar de um dia a outro nesta semana, com o Ibovespa tendo saído de 97.996,77, em baixa de 4,14% no fechamento da última sexta-feira, para 72.582,53 pontos, em queda de 14,78% no encerramento desta quinta-feira (12), uma perda de mais de 25 mil pontos ao longo de apenas quatro sessões, refletindo a pandemia de coronavírus, agora bem próxima a líderes políticos como os presidentes Jair Bolsonaro e Donald Trump. O exame de Bolsonaro para covid-19 fica pronto amanhã, após a confirmação de que o secretário de Comunicação, Fabio Wajngarten, está em isolamento domiciliar, com a doença. Ambos estiveram com Trump no fim de semana, em jantar na Flórida, mas o presidente americano disse não estar preocupado com a possibilidade de infecção.
A atipicidade parece se normalizar de um dia a outro nesta semana, com o Ibovespa tendo saído de 97.996,77, em baixa de 4,14% no fechamento da última sexta-feira, para 72.582,53 pontos, em queda de 14,78% no encerramento desta quinta-feira (12), uma perda de mais de 25 mil pontos ao longo de apenas quatro sessões, refletindo a pandemia de coronavírus, agora bem próxima a líderes políticos como os presidentes Jair Bolsonaro e Donald Trump. O exame de Bolsonaro para covid-19 fica pronto amanhã, após a confirmação de que o secretário de Comunicação, Fabio Wajngarten, está em isolamento domiciliar, com a doença. Ambos estiveram com Trump no fim de semana, em jantar na Flórida, mas o presidente americano disse não estar preocupado com a possibilidade de infecção.
Apesar da tranquilidade de Trump, após ter fechado os EUA a voos da Europa continental, a acentuada aversão a risco no mercado financeiro global leva as referências a derreter, dia a dia. Na segunda-feira, o Ibovespa havia cedido 12,17% e, agora, mais 14,78%, ambas as maiores perdas diárias desde 10 de setembro de 1998, quando o índice caiu 15,83%, em meio à crise da Rússia. O nível de fechamento desta quinta-feira foi o menor desde 28 de junho de 2018, quando o Ibovespa havia encerrado aos 71.766,53 pontos.
Hoje, o circuit breaker foi acionado duas vezes pela manhã na B3 e, à tarde, uma terceira interrupção, "branca", ocorreu quando o Ibovespa operava com perdas bem perto de 19% - não houve acionamento do mecanismo, na medida em que a B3 ampliou o limite de flutuação do índice futuro, o que "congelou" tanto o índice à vista como o futuro, com todas as ações do Ibovespa sendo colocadas em leilão. A iniciativa deu alívio à pressão sobre o índice à vista, que chegou a cair 19,59%, aos 68.488,29 pontos no pior momento do dia, mas desde então se afastou das mínimas. Até aqui, o circuit breaker foi acionado quatro vezes na semana, algo sem precedentes - uma na segunda-feira, outra ontem e mais duas nesta quinta-feira.
Embora tenha ajudado a conter as perdas no pior momento do dia, aqui e em Nova York, nem o anúncio pelo Federal Reserve de que pode injetar US$ 1,5 trilhão em liquidez, por meio de operações de recompra (repo), foi o suficiente para acalmar de todo o mercado, em queda acima de 9% para os três índices de referência de NY no fechamento desta quinta-feira. Na Europa, as bolsas tiveram a maior perda diária de que se tem registro no velho continente. Na França, o avanço do coronavírus levou o presidente Emmanuel Macron a determinar o fechamento de todas as creches, escolas e universidades do país.
"Não dá pra dizer nada no momento, seria chute. A economia real está parando no mundo: companhias aéreas deixando de voar, hotéis deixando de receber hóspedes, o cliente em geral deixando de consumir, convenções e eventos deixando de acontecer. É um dia de cada vez", diz Ari Santos, operador de renda variável da Commcor, com 40 anos de experiência e que não se lembra de situação semelhante.
Assim como ontem, Gol e Azul voltaram a compartilhar a ponta negativa do Ibovespa na sessão, com a primeira em queda de 36,29% e a segunda, de 32,89% no fechamento de hoje, com CVC logo a seguir, em baixa de 29,11%. O setor de viagem e turismo tem sido o mais castigado pela disseminação global do coronavírus. Entre as blue chips, Petrobras PN fechou em baixa de 20,50% e a ON, de 21,08%, enquanto Vale ON cedeu 13,23% na sessão. Como tem sido a norma em dias de queda espalhada, nenhuma ação do Ibovespa fechou o dia no positivo. Entre os bancos, Bradesco PN caiu 13,41%, Banco do Brasil, 13,29%, e Itaú Unibanco, 9,82%.
O declínio acumulado pelo principal índice da B3 chega a 25,93% na semana, após queda de 5,93% na passada e de 8,37% na anterior. No mês, o Ibovespa cede agora 30,32% e no ano perde 37,24%. O giro financeiro totalizou hoje R$ 30,2 bilhões, abaixo da média das sessões anteriores, nas quais vinha se mantendo em torno de R$ 40 bilhões.
Em relação ao pico histórico de fechamento do Ibovespa, de 119.527,63 pontos em 23 de janeiro, quase 47 mil pontos evaporaram desde então. Considerando o fechamento anterior à quarta-feira de cinzas (aos 113.681,42 naquela sexta-feira, 21 de fevereiro), as perdas chegam agora a 41 mil pontos, refletindo a forte correção que se impôs no período posterior ao carnaval, com o alastramento do coronavírus, declarado pandemia ontem pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
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